Em um estudo na Universidade de Nijmegen, há alguns anos, é mencionada a existência de um “gene de agressão”  depois de estudar várias famílias na Holanda por cinco gerações. No entanto, os especialistas confirmam que você não pode falar de uma herança genética quando falamos do mal.

Embora a ciência não esteja clara sobre a existência de um “gene do mal”, é verdade que muitos concordam que existem circunstâncias biológicas e culturais, como afirma o cientista e divulgador Marcelino Cereijido nos assinala algo interessante. Não existe o gene da maldade, porém há certos aspectos biológicos e culturais que a podem propiciar”. 

Outros aludem a causas físicas . Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Wisconsin revelou que os psicopatas mostram conexões reduzidas entre o córtex pré-frontal, a parte do cérebro responsável por sentimentos como empatia e culpa , e a amígdala, que está envolvida no medo e na ansiedade.

Os nazistas pareciam terrivelmente normais

‘A face do mal não é a face de ninguém, é sempre uma imagem falsa, que é imposta, ou projetada, no oponente’, escreveu o psicólogo Roy Baumeister (capa) em seu livro Evil: Inside Human Violence and Cruelty E a filosofa Hannah Arendt contribuiu com essa assertiva ao dizer que: “As coisas mais horríveis sobre os nazistas não eram que eram tão desviantes, mas que eram terrivelmente normais”. Na realidade, a maioria das pessoas envolvidas no mau comportamento não vê esse comportamento como mau.

‘O mal puro é apenas um mito’, argumenta Baumeister, e continua: ‘a pessoa que praticaa o mal justifica a moralidade de suas ações para si mesma de alguma maneira. Ao se convencer de que seu comportamento é moral, essa  pessoa pode se separar e se desvincular do comportamento imoral e de suas consequências’. Um bom exemplo disso, foi o fato de Jim Jones, pastor cristão, que conduziu 918 pessoas ao suicídio coletivo em Jonestown, Guiana em 1978. Jim, em seus sermões sempre se mostrava lúcido, pacífico e honrado. E era, pelo menos, ele acreditava peremptoriamente nisso. Ele, assim como tantos, provam que nenhum mal é feito com tamanha convicção e sem culpa, quanto aquele que é feito em nome de Deus.

Como lidar com pessoas cruéis disfarçadas de boas pessoas?

Todos podemos ser vítimas das pessoas cruéis, que se permitem á prática da maldade. Não importa a idade, o status ou as nossas experiências anteriores. Este tipo de pessoa pode ser encontrado no meio da família, em ambientes de trabalho e em qualquer outro cenário. No entanto, podemos identificá-las de várias formas.

  • A pessoa de coração obscuro nos seduzirá com a mentira. Elas irão se camuflar por trás de palavras bonitas e atos nobres, mas pouco a pouco surgirá a chantagem. E mais tarde, a criação do medo, da culpa e da violência mental.
  • Perante estes mecanismos, cabe apenas uma opção: a não-tolerância. Não importa que seja a nossa irmã, nossa parceira ou um colega de trabalho. Os perturbadores da calma e do equilíbrio só buscam uma coisa: acabar com a nossa autoestima para ter o controle.
  • Teremos a sensação clara de que não há saída. De que elas nos têm sob suas redes. No entanto, vale recordar que “é mais poderoso aquele que é dono de si mesmo”. Por isso, é importante acabar com o jogo da dominação e da agressividade com determinação.

Os jogos da dominação e da agressividade encoberta são muito complexos. No entanto, é necessário agir com rapidez para remover armadilhas e reagir a ameaças veladas. No momento em que sentirmos desconforto ou preocupação em relação a certos comportamentos, só existe uma opção: a distância.

Da redação de Portal Raízes

_

Se você gostou do texto, curta, compartilhe com os amigos, e não se esqueça de comentar, isso nos ajuda a continuar trazendo conteúdos incríveis para você. Siga o Portal Raízes também no Youtube e no Instagram






As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.