Jögan tinha sido adotado com apenas 45 dias, seus antigos donos o chamavam de Pirata, mas assim que o cãozinho cresceu e perceberam que se tratava de um cão surdo rapidamente ele foi devolvido.
Pode ter sido obra do destino, mas na mesma época que Jögan foi rejeitado, João Gabriel, doutorando em estudos da tradução na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estava procurando um aumiguinho com as suas mesmas condições, ele e seus 3 companheiros de casa procuravam um cãozinho surdo para lhe fazerem companhia. O grupo já tinha uma cachorrinha Gabi, a qual recebeu Jögan com alegria e os dois se deram super bem.
“Estamos felizes com ele. E temos muita empatia nele, por causa da identidade surda. Ele está feliz, porque temos nossas estratégias de adaptação para casa. Para nós, surdos, com os nossos costumes. Como apagar e ligar luz toda vez pra chamar o Jögan como fazemos conosco”, contou João.
Quem encontrou Jögan foi um dos amigos de João que viu o cachorro numa rede social do Dibea. Jögan tinha sido adotado com 45 dias e devolvido havia pouco mais de um mês. O estudante entrou em contato com a diretoria e se propôs a adotar o cachorro. O processo de avaliação durou três dias e o cachorrinho está com a nova família.
“Já sabe sabe alguns sinais de Libras [Língua Brasileira de Sinais] e também aprendeu os sinais de passear, pedir pra sair, esperar”, relatou o estudante.
Além de um novo lar, o cãozinho recebeu ainda um novo nome. “Alguns dias antes de saber da adoção, eu estava lendo sobre Jögan, um tipo de olho. É de anime japonês. Aí apareceu o cachorro com esse olho igualzinho”, explicou João.
Segundo o Dibea, dos 150 animais recolhidos, 90% são adultos e 40% em situação especial, ou seja, são animais idosos ou com alguma deficiência. Há cegos e vários sem perna, e geralmente as pessoas evitam cães e gatos com essas características, disse a Diretoria.
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