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Poder ficar em silêncio na presença de alguém é dessas bonitezas da vida que só a mais delicada intimidade pode trazer. Aquele período de tempo suspenso, em que a respiração do outro nos acalma, o calor ou a frescura da sua pele nos apazigua e a presença é inteira, doce, querida.
Há momentos em que as palavras são desnecessárias, descabidas, intrometidas, até. Mas… ahhhhh como é bonito ver nos olhos de alguém um interesse vivo e autêntico pelo que temos a dizer. Como é preciosa a sorte de encontrar alguém que veja naquilo que dizemos algo que ilumine, inquiete, provoque, derrube certezas, desperte. É preciso que haja amor nos silêncios e também nos barulhos.
Somos todos barulhentos, afinal. Mesmo os mais silenciosos, quietos e introvertidos, têm dentro de si milhares de ruídos a serem interpretados. E ainda que sejamos apaixonados pela quietude, quando temos algo a dizer, sonhamos com a companhia de alguém que nos ouça, de alguém que nos ajude a pensar em voz alta.
Encontrar neste vasto e confuso mundo alguém que se apaixone por filosofar com a gente é tão raro quanto lindo. Dar ao pensamento as merecidas asas e deixar que as nossas asas toquem de leve as asas alheias, a fim de dar vida aos devaneios e interpretações das coisas profundas e tolas, é uma magia tão poderosa, mas tão poderosa, que uma vez experimentada não nos permite voltar a algo menos intenso ou mais óbvio.
Conversar, filosofar e fazer amor… tudo com a mesma pessoa, é uma trilogia perfeita. É daqueles presentes embrulhados em caixas inesperadas, envoltas em papel colorido e brilhante. Eu tenho direito a isso, tu tens direito a isso, a moça caminhando sozinha na praia, o homem sentado sozinho no meio do caminho… todos nós temos direito a isso.
É preciso acreditar na possibilidade desse sonho bonito se converter em realidade. É preciso estar desperto para reconhecer de olhos fechados que, isso sim, é uma relação afetiva de verdade.
Texto de Ana Macarini – Publicado originalmente em Conti Outra – Site que recomendamos a visita.
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