De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é hoje a principal causa de incapacidade no mundo, afetando mais de 322 milhões de pessoas globalmente — o equivalente a cerca de 4,4% da população mundial. No Brasil, os números são ainda mais alarmantes: somos o país com a maior taxa de depressão da América Latina, impactando aproximadamente 12 milhões de brasileiros, segundo dados da OMS e do Ministério da Saúde.
A depressão não é simplesmente um estado de tristeza ou desânimo passageiro. Trata-se de uma condição médica séria, capaz de comprometer não apenas a saúde emocional, mas também o funcionamento biológico do cérebro, afetando diretamente sua estrutura e suas funções.
Um dos marcos científicos mais robustos na compreensão da depressão como um transtorno biológico é o estudo conduzido grupo de trabalho ENIGMA MDD (Enhancing NeuroImaging Genetics through Meta-Analysis – Major Depressive Disorder Working Group), liderado pela neurocientista Dra. Lianne Schmaal, referência mundial na área.
O estudo reuniu dados de 9.927 indivíduos — sendo 1.728 pessoas com diagnóstico de depressão maior e 7.199 indivíduos saudáveis, provenientes de 15 países. Utilizando técnicas avançadas de ressonância magnética cerebral e análise de big data, os pesquisadores realizaram a maior meta-análise já feita sobre alterações no cérebro de pessoas com depressão.
O estudo revelou que pessoas que sofrem de depressão recorrente ou de longa duração apresentam uma redução significativa no volume do hipocampo, chegando a até 1,24% menor quando comparado aos cérebros de pessoas sem depressão. A perda de volume é mais acentuada em indivíduos que:
O hipocampo é responsável por processar memórias e regular emoções. Quando essa estrutura sofre redução, as pessoas podem ter mais dificuldade de regular o estresse, manter foco, resgatar memórias positivas e enfrentar os desafios emocionais, o que agrava o quadro depressivo e pode levar a um ciclo neurobiológico de retroalimentação da doença.
Embora os achados sejam preocupantes, eles também oferecem esperança. A ciência tem demonstrado que o cérebro possui uma capacidade chamada de neuroplasticidade, que permite se reorganizar e até recuperar parte das funções perdidas.
Entre os recursos terapêuticos que mostram potencial para estimular essa recuperação estão:
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