“O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: ‘Se eu fosse você…’ A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina.
Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção. Todos reunidos alegremente no restaurante: pai, mãe, filhos, falatório alegre. Na cabeceira, a avó, com sua cabeça branca. Silenciosa. Como se não existisse. Não é por não ter o que dizer que não falava. Não falava por não ter quem quisesse ouvir. O silêncio dos velhos. No tempo de Freud as pessoas procuravam os terapeutas para se curarem da dor das repressões sexuais. Aprendi que hoje as pessoas procuram os terapeutas por causa da dor de não haver quem as escute. Não pedem para ser curadas de alguma doença. Pedem para ser escutadas. Querem a cura para a dor da solidão”.
Texto mestre Rubem Alves. Extraído do seu livro “O Amor Que Ascende a Lua”.
A violência de gênero, muitas vezes, é a culminação de processos invisíveis, silenciosos, que se…
As transformações sociais e culturais das últimas décadas mudaram radicalmente a forma como amamos, criamos…
“Quando uma vítima mente para proteger o agressor, ela não só é cúmplice dele, mas…
Jane Fonda atravessou mais de seis décadas públicas sendo atriz, ativista, mulher em reconstrução. Nesse…
Quando o corpo diz basta: o adoecimento das mulheres e o mito do normal Por…
Na maior operação policial dos últimos quinze anos, o Rio de Janeiro amanheceu entre o…