A maturidade me ensinou a trocar o sapato gasto; a deixar à vida em pratos mais limpos.
Me mostrou que não preciso viver atrás de ninguém, que não preciso de coisas que não são essenciais, e que, ter a minha própria companhia, é coração de quem já se adaptou ao que precisa, sem fazer drama, sem esperar nada de ninguém.
A maturidade fez o coração deixar de ser usado, manipulado; me fez crescer por dentro apesar dos remendos.
Nem tudo se salvou, nem tudo agradou; nem tudo foi amor.
A maturidade mostrou que aquele ‘pra sempre’ mudou o caminho, e que, já não é tão interessante viver à sombra de ninguém.
Palmas pra mim, que cortei tantos males pela raiz, que não tive medo de bater de frente com as controvérsias do tempo, que freei o sentimento destrutivo de gente sem respeito.
Me quebrei, me refiz, me perdoei.
A casa mais silenciosa, o saber de Deus, a cura emocional, a desistência do que não faz bem.
É maturidade, sim.
Valeu à pena crescer, valeu lutar pelo meu espaço, valeu cada aprendizado.
Minha alma não tem idade; tem a gratidão por cada livramento que recebeu; tem espaço pra ser.
Não sinto inveja, não tenho nada contra ninguém.
A única coisa que peço dentro de mim, é luz pra acender o espírito, perdão para minhas faltas.
A maturidade trouxe sequelas e descobrimentos.
É maturidade consciente, é maturidade de quem já tombou e levantou.
Mesmo assim, agradeço. Agradeço por tudo.
Assim seja, graças a Deus!
Texto de Sil Guidorizzi