De acordo com reportagem no Jornal Hoje, os resultados das duas primeiras fases, mostram que a vacina de Oxford é segura e produz uma resposta imune ao organismo. Os resultados foram oficialmente divulgados nesta segunda-feira, 20/07. “Esperamos que o artigo, que está em fase final de edição, seja publicado em 20 de julho, para divulgação imediata”, informou a revista The Lancet por meio de nota, e foi.

Os pesquisadores acreditam que a vacina, que está na terceira e última etapa de testes, tem cerca de 80% de eficácia na prevenção da forma grave da doença. O imunizante teria apresentado um resultado duplamente positivo: além de criar anticorpos contra o coronavírus, também induziu a produção de células T do sistema imunológico, que atuam no sistema de defesa do organismo.

Ao todo, 50 mil pessoas participam dos testes da vacina de Oxford em todo o mundo, sendo 10% delas no Brasil. No país, os testes acontecem em parceria com a Universidade Federal de São Paulo, Instituto D’Or e a Fundação Lemann. Existem hoje em todo o planeta em torno de 160 projetos de imunizantes. Destes, duas dezenas já estão em fase de testes clínicos em humanos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia afirmado que a vacina de  de Oxford é a mais avançada. O imunizante da Pfizer também está em fase adiantada de fabricação. O investimento global no desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus foi recorde: 20 bilhões de dólares.

OMS afirma que não podemos esperar uma vacina, é urgente a necessidade de salvar vidas agora

A OMS comemorou os avanços, mas pediu cautela até os resultados finais, pois ainda há um longo caminho a ser percorrido, especialmente os avanços com testagens em escalas globais num grande número de pessoas. Disseram ainda: que, quando a vacina for concluída clinicamente, o desafio será produzir o suficiente para as necessidades em todo o mundo; que a vacina é um bem público global e que será fundamental um compromisso politico; que apesar de todos os avanços, não podemos esperar uma vacina, é urgente a necessidade de salvar vidas agora, usando as ferramentas que estão em nossas mãos, pois a ‘vacina que temos’ ainda é o uso da máscara, lavar as mãos e manter o distanciamento social.

Entenda a novidade anunciada:

  • O efeito deve ser reforçado após uma segunda dose da vacina, segundo os cientistas.
  • A vacina de Oxford é a mais adiantada, das que estão em pesquisa, segundo a OMS. Ela está sendo testada também no Brasil.
  • Testes iniciais, das fases 1 e 2, realizadas na Inglaterra, agora apontam que ela é segura e induz o corpo a reagir contra a Covid-19; o resultado é o esperado.
  • O resultado não permite ainda concluir se de fato uma pessoa exposta ao Sars-Cov-2 fica imune com a vacina.
  • A terceira fase, a final, ainda está em andamento e ela determinará se há eficácia num grande número de pessoas.
  • De acordo com a Unifesp, o imunizante, se tudo der certo, poderá ter o registro liberado em junho de 2021.
  • De acordo com o G1, neste dia 20/07 também saiu o resultado preliminar de testes de uma vacina desenvolvida pela China e a chegada de uma carga de outra vacina chinesa a SP. 9 mil brasileiros estão inscritos para receber a vacina. Todos da área da saúde.
  • Se tudo der certo, se as vacinas forem aprovadas, no Brasil a produção começará no inicio de 2021 e será distribuída pelo SUS.





As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.