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Após abandonar lei do filho único, China constrói milhares de maternidades

Serviços de maternidade na China estão se preparando para um ‘boom’ agora que a política do filho único chegou ao fim.

Desde que a proibição de ter mais de um filho foi revogada em outubro de 2015, o país está repensando a forma de lidar com as famílias de duas crianças, especialmente porque algumas mães provavelmente serão mais velhas do que a média.

Hospitais estão expandindo suas maternidades e a indústria de itens infantojuvenil já se prepara para um boom econômico. A estimativa é de algo em torno de oito milhões de bebês resultantes da mudança na política.

De acordo com a empresa chinesa de finanças, Founders Securities, o baby boom vai gerar até 160 bilhões de yuanes (US$ 24,3 bilhões) com base em cálculos que consideram ser necessário o investimento de 200.000 yuanes para criar uma criança até aos 16 anos de idade.

As vendas para itens de bebês já aumentaram e escolas de babá estão acelerando seus programas de treinamento.

É comum na China que as mulheres passem um mês na cama após o parto. As classes média e alta, até contratam babás para prestar suporte à família em período integral.

Uma escola em Pequim, Li Ming Maternity Service Company, está antecipando esta tendência, oferecendo nova formação para os serviços de maternidade.

Por 35 anos, a política de planejamento familiar da China limitou a maioria dos casais urbanos a ter um filho e os casais rurais a dois, se a primeira fosse menina. Até que a política relaxou em outubro do ano passado, permitindo que os pais tivessem dois filhos.

Huang Wenzheng, especialista em demografia, diz que a China pode ver mais de 2 milhões de nascimentos extras no próximo ano devido a essa mudança.

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