Atualidades

A dor é tão comum em minha vida que nem percebi que estava com Covid

No Conexão VivaBem da segunda-feira (27), a escritora e roteirista Tati Bernardi revelou que sentir dor é algo tão corriqueiro em sua vida que ela mal percebeu que estava com covid-19. “Meu marido pegou coronavírus e falou que nunca sentiu tanta dor no corpo, tanto cansaço. Eu tive muita dor no corpo, muito cansaço e muitas dores de cabeça e não me liguei que era coronavírus, porque a minha vida é de muita dor no corpo, muito cansaço e muita enxaqueca”.

Segundo ela, que agora está livre da doença, suas dores aumentaram durante a quarentena, mas não apenas por causa de seu trabalho remoto. “Também é uma filha pequenininha, de dois anos e meio, e a carga mental. Eu trabalho tanto ou mais que meu marido, pago tanto ou mais conta que ele, mas as responsabilidades da casa ainda estão em cima de mim”. Durante a pandemia, ela percebeu que as preocupações também aumentaram e, com a tensão, as dores.

De acordo com o ortopedista Sérgio Maurício, a mistura de carga emocional com falta de mobilidade da pandemia mais o isolamento social pioram a saúde. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), saúde é um completo estado de bem-estar físico, emocional e social. Quando esse tripé não está alinhado, há manifestações clínicas, porque muitas das dores podem ser de ordem física, mas a tensão acumulada também causa incômodo. Sendo assim, com a ausência da pratica de atividades físicas e o ostracismo social, não se pode dizer que existe saúde de modo integral. Por isso estamos todos doentes de algum modo.

Segundo o especialista, há uma maneira de diferenciar se as dores são de aspecto meramente emocional ou quando tem um aspecto funcional. “Quando elas vêm de aspecto emocional, de tensão, vêm associadas a distúrbios de sono ou insônia, gastrite e refluxo, sudorese nas mãos, sudorese na axila, irritabilidade”.

Leia: como preservar a saúde mental durante a pandemia: Incertezas, desesperança, crises de ansiedade: quão doentes estamos?

Portal Raízes

As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.

Recent Posts

Machosfera: monetização da misoginia e a falsa narrativa de que os homens são “vítimas” da sociedade – ONU MULHER

O ódio que nasce na internet não pode ser tratado como brincadeira. A violência contra…

11 horas ago

A importância da modernização das frotas empresariais em Portugal

A competitividade das empresas portuguesas depende cada vez mais da forma como gerem os seus…

1 dia ago

Final de ano: um convite ao Fechamento de Ciclo e Renascimento

O final do ano costuma ser lido como um simples ritual social, mas, na prática,…

2 dias ago

Ou assumimos que a saúde mental masculina é uma utilidade pública ou seguiremos adoecidos

A saúde mental masculina no Brasil é um tema de crescente urgência, frequentemente ofuscado por…

3 dias ago

60 anos é novo auge da inteligência, diz estudo

A História da ciência, da arte e da filosofia guarda inúmeros exemplos de pessoas cujo…

6 dias ago

“O feminismo incomoda mais do que o feminicídio porque a ideia de uma mulher morta é mais tolerável do que a ideia de uma mulher livre”

Desde que o Brasil tipificou o feminicídio em 2015, a violência letal contra mulheres deixou…

6 dias ago