Psicologia e Comportamento

Amadurecimento emocional é se enamorar pela alma das pessoas

Com o passar do tempo nossas crenças e convicções mudam. Nossa expectativa e o amadurecimento que experimentamos muda a forma de ver o amor. Até a forma de amar amadurece; mais essência, mais alma… Quando somos maduros a vida é mais descomplicada. No início a gente escolhe as sementes da vida, depois as semeamos e, por fim, colhemos os frutos.

Tudo na vida é construído por etapas. O que hoje nós gostamos amanhã provavelmente o que gostávamos não nos chamará mais a atenção. Pode até ser algo insignificante… À medida que amadurecemos enxergamos o amor de outra maneira; mais profundo e, algumas vezes, mais simples. O tempo nos ajuda a formar conceitos mais claros do que pensamos sobre o amor. E que o amor realmente tem maior importância do que se espera de uma relação.

O tempo nos ensina a ver com os ‘olhos do coração’, a apreciar o que é autêntico, a vibrar desde o mais profundo do nosso ser. O tempo nos faz sentir livres para expressar nossos sentimentos mais íntimos.  O tempo nos aconselha a reconhecer no outro o que está debaixo de qualquer conceito, a nos desnudar sem tirar a roupa, a ver o profundeza  da alma humana e, sobretudo, entender que, justo ali, no nosso coração reside o mais belo sentimento:  o amor de verdade.

A vida tem uma forma particular de avaliar o que se passa a nossa volta. Pode ser que quando aprendermos a lidar com o amor, já perdemos  aquilo que mais amamos.  Usualmente damos importância a coisas fúteis e o tempo nos ensina que não têm o peso que, em algum momento, lhes damos… Da mesma maneira a  experiência nos ensina a percebermos o que era ou não transcendental. Que aquelas discussões não tinham nenhum sentido e que bastava um simples gesto de amor ou baixar de armas para que as coisas tomassem um rumo mais harmonioso, sem continuar as brigas ou conflitos.

Prender o que vivemos em nosso passado não nos serve de nada. Isso somente nos traz nostalgia, tristeza, e nos faz ver que ainda temos muito a aprendermos. Que agora somos, graças as nossas experiências, cheios de acertos e desacertos. A experiência do tempo vivido nos serve para percebermos a diferença do que mais nos chama a atenção, para o que nos é fundamental. É também provável, numa análise mais detalhada de nós mesmos, que não amadurecemos o suficiente. Que continuamos a cometer os mesmos erros com a mesma ou diferentes faces. Mas é natural que mudemos com a sequência da vida, que estamos amadurecendo com o correr do tempo.

Quando crescemos damos um valor mais justo a cada uma das coisas que vivemos. Apreciamos a essência do outro e começamos a aceitar os seus pontos fracos e os seus pontos fortes, suas virtudes ou defeitos. O amadurecimento por intermédio do amor dá valiosas lições de vida para vivermos em comum. A vida experimentada através do ego, ao contrário, fere, magoa ou desencoraja a seguir em frente compartilhando com o outro. Podemos ser sempre melhores todas as vezes que aprendemos a nos conectar com nossos sentimentos. A experiência das pessoas emocionalmente maduras nos mostra o amor de forma diferente. E cria maior possibilidade de nos apaixonarmos pelo mais profundo pela alma, o jeito e pelas escolhas individuais.

Texto publicado originalmente em Rincón del Tibet – Tradução e adaptação livre: Portal Raízes

Pesquisas:

Spielmann, SS, Joel, S., MacDonald, G., & Kogan, A. (2012). Ex apelo: atual qualidade do relacionamento e emocional anexo . A ex-parceiros Psychological Social e Personalidade Ciência 4 (2), 175-180. –  Bowe G. (2010). O romance de leitura: O impacto que o Facebook pode ter em um relacionamento romântico. Journal of Research comparativo em Antropologia e Sociologia, 1, 61-77..

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As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.

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