Nascemos com a angústia da separação da mãe, a perda da segurança e do “colo eterno” e morremos com a angústia da separação das pessoas, da vida e do desconhecido, ou seja, a angústia faz parte da vida e é natural e saudável vivê-la, apesar do desconforto.
A angústia é uma manifestação emocional perturbadora e incômoda, caracterizada por medo do fim, da perda e do vazio, além da sensação de um desamparo profundo. Seus sintomas principais são: a respiração tolhida, o sufocamento da garganta e peito, sensação de vazio, inquietação, dores na região do coração e uma ânsia inconsciente de que algo ruim vai acontecer.
A sociedade ocidental não se desenvolveu conscientemente em relação à finitude. Os temas relacionados à mudança, perda, desconfortos, impermanência e morte continuam sendo “tabus”, e são estas as sensações que nós buscamos escapar o tempo todo, na maioria das vezes, de uma forma inconsciente.
A angústia tem sua importância, fundamental, na questão do autoconhecimento e do desenvolvimento da inteligência emocional, vulnerabilidade, ausência de controle e na arte de se relacionar com a vida, as pessoas e as situações cotidianas.
A angústia fica patológica quando a sensação do medo da perda, da falta e do fim torna-se super dimensionada. Este medo gera descrenças profundas em relação ao afeto, às experiências novas, à humanidade e o ato de existir e viver a vida em um movimento saudável e fluido. E ficamos com medo de agir, medo de seguir e caminhar para o “novo”.
Este ano foi difícil. A pandemia e a consequente crise econômica impactaram a saúde mental dos brasileiros. Uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) nos meses de maio, junho e julho revelou que 80% da população brasileira se tornou mais ansiosa com o novo coronavírus. “O que não quer dizer que antes estivéssemos muito bem, mas sem dúvida vemos um aumento do sofrimento psíquico em tempos de incerteza, ameaça e risco”, analisa Maria Homem.
Por isso, vale muito a pena ver e rever este vídeo em que a psicanalista Maria Homem trata especificamente acerca da angústia. Confira:
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