Pais que permitem ser submetidos aos caprichos dos filhos estão lhes ensinando a agir da mesma forma com outras pessoas: empregados, professores etc. Esse filho lança o desafio: “Se até meus pais, que podem mandar em mim, não o fazem, quem são vocês para mandar?”. Sente-se, então, o ser todo-poderoso.
Uma queixa comum das mães/pais é a de que o filho adolescente xinga e maltrata outras pessoas. “Não foi isso o que eu lhe ensinei”, garantem elas/eles. Mas tal comportamento não começou de uma hora para outra. Ele é a denúncia de que os pais deixaram de ensinar que não importa o nível socioeconômico, cultural e profissional, todas as pessoas merecem respeito; ou, então, o costume de outra pessoa o inspirou. De qualquer maneira, quando o jovem agiu de forma errada, os pais não o corrigiram adequadamente.
Talvez, entretanto, o filho não seja um folgado nem um caprichoso, mas uma vítima de pais que exageram, colocando limites demais. Quando a repressão é muito grande, o filho tem um modelo repressor internalizado e o externará sempre que puder. Ou seja, se sofre repressão dos pais, vai reprimir outros, mais fracos. É o mecanismo gangorra.
Filhos folgados, mas internamente inseguros, fora de casa podem submeter-se timidamente ao primeiro que lhes colocar um limite, um amigo ou professor, por incapacidade de reagir. Às vezes, acontece o inverso: em casa submetem-se, para descontar depois na escola. Felizmente, o ser humano tem a possibilidade de modificar o que não está bom, solucionando problemas. O que passou já está escrito, mas o futuro não. Portanto, qualquer modificação pode ser realizada, desde que haja motivação suficiente. Conclusão: sempre é tempo para melhorar, pois nada está condenado a ser sempre igual.
Livro: Disciplina – Limite na medida certa, de Içami Tiba. Editora Integrare. Excerto extraído de Provocações Filosóficas.
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