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A maior flor do mundo: a história que José Saramago ‘não quis escrever’

 “A maior flor do mundo” é uma bela história do célebre escritor português José Saramago, foi lançada no Brasil em 2001. Na obra, o autor narra a história de um menino e de uma flor prestes a morrer, como se fosse apenas o esboço do que ele teria contado se tivesse o poder de fazer o impossível: ‘escrever a melhor história de todos os tempos’. Na narrativa, o autor transforma-se em personagem e conta a história de um menino que mora na cidade e vai até o fim do mundo para salvar uma flor que está para morrer. Uma crítica ao crescimento desenfreado das cidades e ao devastamento das vidas, não apenas das flores, “A maior flor do mundo” é uma magnífica história para crianças de todas as idades.

“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?​”. José Saramago

A “Continental Animación” produziu um curta-metragem baseado no livro, todo construído em massinha. A animação, que tem direção de Juan Pablo Etcheverry, trilha sonora executada pela Orquestra Sinfônica de Tenerife e apoio da Unicef, ganhou o prêmio de melhor animação do Anchorage Internacional Film Festival. Uma delicadeza que vale a pena ser conferida.

Leio o que o próprio José Saramago fala sobre a história:

“Histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças sendo pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usar as complicadas.  Queria ler e depois escrever essas histórias, mas nunca fui capaz de aprender (…).  Se eu tivesse aquelas qualidades todas eu poderia contar, com pormenores, uma linda história que um dia  eu inventei. E se eu fosse contar uma história para crianças, ela seria assim:”

“Este era o conto que eu queria contar (…). Pelo menos ficaram sabendo como a história seria e poderão contá-la noutra maneira, com palavras mais simples do que as minhas”. José Saramago

Portal Raízes

As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.

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