Atualidades

Funcionário do McDonald’s comemora 30 anos de trabalho na empresa

Russell O’Grady, de 48 anos, funcionário do McDonald’s com síndrome de Down tem encantado os clientes da filial local onde trabalha nos últimos 30 anos.

Ele vestiu pela primeira vez o uniforme do restaurante em 1986, quando tinha apenas 18 anos de idade. Agora, 32 anos depois, Russell é tratado como um herói local na cidade de Northmead, Sydney (Austrália).

Seu pai, Geoff O’Grady, disse em entrevista ao jornal Daily Mail que Russell se tornou “a pessoa mais conhecida da cidade” desde que começou a trabalhar no McDonald’s.

Esta foto foi tirada quando Russell começou a trabalhar no McDonald’s, em 1986.

“As pessoas o reconhecem na rua e o chamam para cumprimentá-lo”, disse Geoff.

“Ele é muito carinhoso, amado e apreciado pelas pessoas, a tal ponto que às vezes simplesmente não acreditamos.”

Geoff disse que sempre foi “extremamente orgulhoso” de seu filho, mas nunca pensou que a comunidade o abraçaria da maneira como o fez.

“Os clientes o amam assim como o amamos”, ele disse.

O pai de Russell também disse que a carreira profissional de seu filho lhe deu uma visão diferente da vida.

Um ano após começar a trabalhar, 1987.

“Alguém perguntou a Russell uma vez: ‘você é deficiente?’, e sua resposta foi ‘eu costumava ser quando eu ia para a escola, mas agora eu trabalho no McDonald’s”, disse Geoff.

“Trabalhar por lá o fez se sentir tão normal quanto todos os outros empregados.”

Russell começou no restaurante como estagiário. Após provar ser um bom empregado, passou a ser o responsável pelas caixas de embalagem do McDonald’s. Depois de um certo tempo, migrou para a cozinha, trabalhando na produção dos alimentos.

Geoff disse que a equipe do McDonald’s de Northmead o aceitou de braços abertos e tornou a vida de seu filho mais agradável do que ele imaginava ser possível.

Geoff e Russell, pai e filho, celebrando os 30 anos de trabalho num evento promovido pela comunidade.

“Essas pessoas são absolutamente fantásticas, se não fossem por suas atitudes, ele não estaria trabalhando”, disse ele.

A assistente da loja Katie Chlyder disse ao Daily Mail que Russell tornou o restaurante um lugar mais formidável.

“Você se sente feliz por tê-lo aqui, ele é incrível de se ter por perto”, ela disse.

“Ele é muito querido, sempre vem até mim para me cumprimentar, conversar, dar tchau, sempre, sem falta – é um cavalheiro.”

Chlyder disse que o trabalho preferido de Russell é justamente esse – cumprimentar todos os clientes.

“30 anos de magia.”

Katie também disse que Russell tem várias peculiaridades, assim como qualquer outra pessoa. “Ele é engraçado, chegando ao trabalho sempre pergunto o que ele está ouvindo no fone de ouvido, e a resposta é sempre a mesma: The Beatles. Ele ama os Beatles”, disse.

Após 30 anos arrancando sorrisos dos funcionários e clientes, a atitude despreocupada de Russell tornou-se uma marca registrada da loja local, perdendo apenas para o logotipo dos arcos dourados da franquia de fast food.

Kate O’Grady, assistente social da cidade, disse que o trabalho visivelmente mudou a vida de Russell. Ela disse que também lhe deu acesso à comunidade que ele nunca teria.
“Tem havido muitas pessoas que trabalharam com ele e compartilharam essa conexão”, afirmou.

Russell e seus irmãos Lindsey e Kate.

“Na verdade, há um homem que trabalhou com Russell quando ele era adolescente e agora seus filhos trabalham com ele. Definitivamente, é um rosto muito familiar para muitas pessoas”.

O’Grady disse que Russell ficou tão querido pela comunidade que existem lugares suficientes para os dedos de uma mão que ele poderia visitar na cidade sem ser reconhecido.

“Ele é uma pessoa incrivelmente social e mal consegue andar na rua sem que as pessoas parem para conversar com ele ou lhe comprar uma cerveja no clube”.

Fonte: Daily Mail UK
Fotos: Bankia Gardens Community Centre / Vimeo

Portal Raízes

As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.

Recent Posts

Dois Papas: um raro exercício de escuta e humanidade em tempos de polarização

The Two Popes (título original), lançado em 2019, é dirigido pelo cineasta brasileiro Fernando Meirelles,…

2 dias ago

“Todos, todos, todos merecem acolhimento e respeito” – Papa Francisco

No dia 21 de abril de 2025, o mundo se despediu de Jorge Mario Bergoglio,…

2 dias ago

“Um filho não se perde na rua, se perde dentro de casa” – Com Catherine Steiner-Adair

Com acesso sem supervisão, e ilimitado à internet, alguns especialistas temem que as crianças e…

7 dias ago

3 maneiras de conviver bem com seu corpo e não sofrer com os estigmas de beleza

Assim como a felicidade, o sucesso é um conceito profundamente subjetivo — ou seja, cada…

1 semana ago

“Em tempos de redes sociais, olhar nos olhos ainda é a conexão mais eficaz”

A Organização Mundial da Saúde decretou, em janeiro de 2025, a solidão como uma epidemia…

1 semana ago

“Os pais precisam aceitar que são exemplos, educadores e cuidadores, não amigos” – Quintino Aires

O 'não' conserva as relações de respeito entre pais e filhos, amigos e casais. Define…

2 semanas ago