7 filmes inteligentes e divertidos que farão você esquecer 2020

Embora a arte tenha o poder de nos livrar da existência das dores, ela tem o poder de nos transportar para um lugar onde não há dores. Este é o poder terapêutico da música, da poesia, da dança, da pintura e também, é claro, das artes visuais. A arte que é arte precisa causar emoções, sensações, sentimentos, inquietações, pensamentos, espanto, reflexão, riso e lágrima. Quando vivenciamos estes sentimentos e sensações, nosso corpo reage positivamente e o nosso cérebro produz os hormônios que nos fazem felizes, relaxados, empáticos, esperançosos e carinhosos.

E, como todos nós, nos dias atuais, estamos precisando de algo que nos transporte – inda que momentaneamente – para um lugar onde não seja 2020 com a sua pandemia avassaladora, o Portal Raízes fez uma seleção de 7 filmes que lhe proporcionará instantes de alegria e esperança. Todos  estão disponíveis na Netflix. Confira:

1 –  A Balada de Buster Scruggs

A Balada de Buster Scruggs é o tipo de filme para quem não tem preguiça de pensar. É divertido e inteligente na medida certa. É formado por 6 contos ambientados no árido e violento Velho Oeste americano. O cenário, as personagens e o formato narrativo são os mesmos dos clássicos do gênero. O que muda é a profundidade filosófica com que alguns temas humanos são abordados.

2 – Gravidade

Gravidade, à primeira vista, pode parecer um filme de ficção científica com roteiro simples e repleto de efeitos visuais. Mas, mais do que isso, Gravidade é um filme que nos faz pensar sobre temas caros à espécie humana, como a solidão, a fragilidade e a superação.  Gravidade é tenso muito bem escrito e conta com boas atuações que seguram muito bem o filme. Com a direção de Alfonso Cuarón, o filme conta a história de dois sobreviventes de um ônibus espacial que foi atingido por destroços deixando os à deriva no espaço. Das 10 indicações ao Oscar, venceu em 7 categorias.

3 – Meu nome é Dolemite

Meu Nome é Dolemite é baseado na história de vida do cantor, comediante, ator, cineasta e músico Rudy Ray Moore. O filme foi muito bem recebido pelo público e já é encarado pelos especialistas como a grande volta por cima do astro Eddie Murphy, após uma longa sequência de filmes de menor expressão. O grande mérito do diretor Craig Brewer foi conseguir captar a vibração da época em Meu Nome é Dolemite, de forma a dar-lhe o groove típico do movimento cultural negro, inclusive na vibrante (e ótima) trilha sonora e em uma edição bem ágil. Para tanto, conta com o imenso auxílio de seu elenco, de uma coesão e desenvoltura deliciosas, em especial Eddie Murphy.

4 – Monty Python – Em Busca do Cálice Sagrado

Monty Python deixa claro que o destaque sempre será a piada, o riso, e nunca a vaidade de quem é ou não capaz de fazer rir, e por tamanha entrega e generosidade já temos um bom motivo para acompanhar essa história. Nessa releitura da lenda do Rei Arthur, a procura pelo cálice sagrado ganha o traço cômico inconfundível do grupo de comédia britânico. No ano 2000, leitores da revista britânica de cinema Total Film elegeram Em Busca do Cálice Sagrado como o 5º filme mais engraçado de todos os tempos.

5 – Perdi meu corpo

Perdi Meu Corpo é uma animação francesa, originalmente chamada de J’ai Perdu Mon Corps, que vem chamando a atenção de diversos críticos nas últimas semanas. O longa de Jérémy Clapin conta a história de Naoufel, um garoto que perdeu os pais em um acidente de carro ainda quando criança. Paralelamente, vemos a história de sua mão andando por Paris após a mesma ser decepada a procura de seu corpo original. Você leu certo, temos também a história de uma mão em busca de seu corpo após ter sido decepada por um descuido. Nota-se que o filme se chama Eu Perdi Meu Corpo e não, Eu Perdi Minha Mão, trazendo assim, a própria mão como a protagonista em si em busca do que lhe foi tirado, a história é sobre alguém tentando se completar novamente. E é bem legal a forma como o filme vai construindo essa relação entre o garoto e sua própria mão.

6 – Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas

Possivelmente o melhor filme de Tim Burton, Big Fish é uma doce fábula tragicômica que se utiliza magistralmente do absurdo para tocar em temas bem reais e extremamente identificáveis. Um charmoso conto de pai e filho com as típicas assinaturas visuais e narrativas pra lá de divertidas do diretor. Ewan McGregor numa de suas melhores atuações, o grande Albert Finney emocionante em uma de suas últimas aparições de destaque no cinema. Se você está procurando um filme tranquilo, divertido, e tocante para se assistir, esse filme é Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas.

7 – Os dois Papas

Longa dirigido por Fernando Meirelles gira em torno de conversa fictícia entre o cardeal de Buenos Aires e o bispo de Roma pouco antes da renúncia do segundo, em fevereiro de 2013. As diferentes visões de Bento e Francisco sobre variados assuntos — da doutrina católica a futebol — tornam o filme cativante, mesmo para quem não é religioso. Os dois não concordam em nada, mas encontram uma via de respeito, um belo exemplo no atual contexto. Pryce e Hopkins tornam a experiência ainda mais interessante, encontrando o tom para equilibrar senso de humor com a seriedade dos assuntos tratados, sempre entre a santidade dos seus cargos e o mundano. Uma pena que problemas graves, como a negligência em relação às denúncias de pedofilia, não cheguem a ser aprofundados, deixando o tom geral mais leve e pitoresco.

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Portal Raízes

As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.

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