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“Aprendi também a não contar muito com os outros. Na medida do possível, faço tudo só. Dá mais certo”. Caio Fernando Abreu
Uma ou outra hora, acabaremos nos decepcionando com alguém que pensávamos jamais ser capaz de dar o cano, de não cumprir o prometido, de nos deixar esperando. Muitas pessoas são assim mesmo, falam como se a palavra não tivesse valor algum e pouco sustentam o que afirmam com veemência. A elas, o único compromisso que existe é com os próprios interesses.
Quem nunca ficou esperando inutilmente por horas um amigo chegar ao local combinado? Quem nunca ficou aguardando um telefonema de alguém que prometeu ligar? Quem nunca aguardou um retorno que nunca veio, uma mensagem que nunca chegou, uma visita que nunca aconteceu, uma ajuda que nunca apareceu? Infelizmente, o que não se registra em cartório, hoje, parece ter validade nula.
Nesse contexto, as pessoas que honram o que falam, que cumprem o prometido, que fazem de tudo para poder ajudar, acabam cada vez mais se frustradas, pois são obrigadas a encarar aquilo que jamais teriam coragem de fazer. É difícil a uma pessoa cuja palavra vale muito ter de conviver com quem não honra quase nada do que diz, com quem não cumpre nada daquilo que fica prometendo por aí.
É preciso aprender a contar menos com os outros, a não acreditar em tudo o que dizem, a não depositar muitas esperanças nas promessas alheias, o tempo todo, porque muito do que tomamos como verdade foi dito da boca para fora tão somente. Não se trata de nos tornarmos descrentes com todos, ou de sermos egoístas, mas de uma técnica básica de sobrevivência em um mundo cada vez menos comprometido com honrar o que se diz ou se promete.
Sim, sempre poderemos contar com alguém, sempre haverá pessoas cujos atos sejam afins com seus discursos, mas serão poucos aqueles que estarão dispostos a cumprir com seu papel de amigo, de parceiro, de ser humano, enfim. Infelizmente, a grande maioria dos indivíduos estará ocupada demais pensando em si mesma, vivendo o seu mundinho particular, correndo em volta do próprio egoísmo, dizendo o que queremos ouvir, porém, comportando-se como se ninguém além de si mesmo merecesse atenção.
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