Atualidades

Por que vamos perdendo os amigos depois dos 30 anos? A ciência explica

De acordo com um novo estudo, feito na Brooklyn College e publicado no periódico Psychology and Aging, sua felicidade na terceira idade pode ser prevista por dois fatores: a quantidade de amigos que você tem aos 20 anos e a qualidade das amizades após os 30.

Para chegar a essas conclusões, pesquisadores analisaram mais de 200 pessoas desde as décadas de 70 e 80. Nessas décadas, eles deveriam escrever em um diário todas as suas interações sociais durante duas semanas – dessa forma havia um registro de quando eles tinham 20 e 30 anos. Eles deveriam anotar o número de pessoas com quem interagiam, a intimidade que tinham com elas e descrever se os encontros foram prazerosos. Depois, aos 50 anos, os voluntários passaram por testes que mediram seus níveis de depressão, solidão, saúde e bem-estar.

Ter um número mais alto de interações durante os 20 anos previa um maior bem-estar aos 50. Mas durante os 30, não era a quantidade e sim a qualidade das amizades que era um indicativo de felicidade – até os 50 anos.

Claro, é uma amostragem pequena, pouco variada e a vida adulta em 2015 é diferente do que era nos anos 80. Se contarmos como interação as vezes em que falamos com nossos amigos, whatsapp e redes sociais nos permitem multiplicar por várias vezes a quantidade de conversas que temos.

Mas se os padrões se mantiverem, com as proporções devidamente guardadas, eles ainda fazem sentido: aos 20 anos ainda estamos nos conhecendo, então faz sentido ter um grande grupo de amigos neste processo. Aos 30 muita gente casa, tem filhos, está em uma posição de destaque na carreira e começa a ter um papel mais definido. E está tudo bem – é completamente normal e faz parte de uma vida feliz.

Via Science of Us

Portal Raízes

As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.

Recent Posts

“Descobri o meu TDAH na vida adulta e o que parecia uma sentença, foi libertador” – Gabor Maté

O diagnóstico de TDAH pode ser um ato de libertação. Receber um diagnóstico de TDAH…

4 dias ago

Não há nada mais subversivo do que a mulher que se recusa a ser interpretada por narrativas impostas – Com Judith Butler

Durante séculos, a mulher foi interpretada. Interpretada pela religião, pela ciência, pela literatura, pela política…

5 dias ago

10 maneiras de criar meninos não sexistas, segundo Maria Montessori

A violência de gênero, muitas vezes, é a culminação de processos invisíveis, silenciosos, que se…

6 dias ago

7 maneiras de educar com amor e limite segundo Élisabeth Roudinesco

As transformações sociais e culturais das últimas décadas mudaram radicalmente a forma como amamos, criamos…

2 semanas ago

“Quando uma vítima mente para proteger o agressor, ela vira ponte para outra mulher sangrar” — Márcia Goldschmidt

“Quando uma vítima mente para proteger o agressor, ela não só é cúmplice dele, mas…

2 semanas ago

Celebrar a própria vitalidade é, em qualquer idade, um gesto político de resistência – Jane Fonda

Jane Fonda atravessou mais de seis décadas públicas sendo atriz, ativista, mulher em reconstrução. Nesse…

2 semanas ago