Como já relatei em textos anteriores, para a reconstrução de um relacionamento, é imprescindível identificar as falhas que levaram à infidelidade e estas sempre dizem respeito à dinâmica do casal como um todo.
Sempre faço a comparação da desconexão emocional, do distanciamento afetivo, muitas vezes materializados pela entrada de uma terceira pessoa no relacionamento, como uma casa que apresenta rachaduras.
No início, trata-se somente de uma pequena fissura no teto, mas se não for devidamente consertado, poderá causar danos ainda maiores, dependendo de onde esta rachadura está localizada.
Como tudo na vida, é necessário que as partes envolvidas cuidem para manter a harmonia do vínculo e esta postura é sistêmica, ou seja, é responsabilidade do casal.
Embora quem sofreu a traição sofra a dor da decepção e da rejeição, muitas vezes quem foi infiel também sofre, apresentando sentimentos de culpa e reparação, desejando a qualquer custo resgatar essa relação.
Para algumas pessoas o “choque” acontece depois que a casa estremece e o mundo da relação desaba, para depois descobrir que aquele vínculo era importante depois de uma separação. Difícil para o parceiro traído “virar a página” e “fingir que nada aconteceu”; difícil restaurar a confiança e começar do zero. Ali, foram abertas feridas emocionais de difícil cicatrização, sendo necessária muita calma, paciência, tolerância, tempo de elaboração e amor para lidar com os mecanismos de defesa do parceiro que sofreu infidelidade. Dentre estes mecanismos estão a raiva, a indiferença e a ambivalência comportamental, sendo necessário realizar uma reparação e reforma no relacionamento.
Outro aspecto importante é proceder à uma reavaliação dos acordos que foram feitos- e que não foram respeitados- ou se estes precisam de ajustes, de modo a preencher as necessidades afetivo-emocionais de ambos.
Texto da psicoterapeuta, expert em Medicina psicossomática, Soraya Aragão. Saiba mais sobre o seu trabalho aqui.
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