Psicologia e Comportamento

Não tenha medo de perder quem não te valoriza

A vida é um caminho, ao longo do qual encontramos muitas pessoas. Com alguns, estabeleceremos relacionamentos mais próximos com base em laços emocionais profundos. Porém, as experiências vividas e a passagem do tempo podem fragilizar esses vínculos, a ponto de a relação perder o sentido.

Nesses casos, não há por que temer perder pessoas com as quais praticamente não temos  mais pontos em comum, pessoas que deixaram de nos ouvir embora nos ouçam e deixaram de nos completar emocionalmente. Na verdade, nesses casos, o que nos apegamos é a memória, não a pessoa em si, uma vez que não há mais pontos de contato, não há perspectiva de futuro, nem vínculo afetivo satisfatório.

Às vezes, resistimos a quebrar esse vínculo simplesmente porque não queremos aceitar que mudamos, ou que outra pessoa mudou, a ponto de não haver mais nada para nos unir. Porém, dentro de nós podemos perceber a baixa qualidade desse vínculo, o vazio emocional que permanece porque a atenção e o carinho não existem mais.

Claro, essas situações não são fáceis de presumir, porque geralmente há uma história em comum. Mas a verdade é que o passado não é uma razão imperiosa para ficarmos amarrados a pessoas que deixaram de nos valorizar e que não se sentem mais felizes por nos ter ao seu lado.

É claro que, antes de ousarmos cortar os laços, passamos por um processo em que muitas vezes nos sentimos culpados pelas pessoas que deixamos para trás. Na verdade, não devemos culpar ninguém. O mais construtivo é deixar ir e valorizar os bons momentos compartilhados.

A vida está em constante movimento, os relacionamentos também fluem e mudam. No entanto, se você olhar muito para trás, concentrando-se nas portas que foram fechadas, não será capaz de ver as portas que estão se abrindo à sua frente.

Texto de Jennifer Delgado, via Rincón de la Psicología, traduzido e adaptado por Portal Raízes. Leia o texto completo clicando aqui.

Portal Raízes

As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.

Recent Posts

Reparação histórica exemplar: Feminicídio passa a ser punido com prisão perpétua na Itália

Ganhou força , nos últimos dias ,nas redes e nos noticiários de todo o mundo…

14 horas ago

25 de novembro: não basta ensinar meninas a se defenderem e preciso ensinar os meninos a não ferir

Em 25 de novembro, quando os números do feminicídio voltam a nos assombrar, o Brasil…

4 dias ago

Negro ou Preto? É preto – Por Nabby Clifford

O dia 20 de novembro marca a morte de Zumbi dos Palmares, um dos símbolos…

1 semana ago

“Meninos que Expressam Suas Emoções Crescem Menos Propensos a Ferir” – Com Cid Vieira

A infância é o terreno onde a humanidade finca suas raízes mais profundas. É ali,…

1 semana ago

O Poder da Comunicação Estratégica na Construção de Lideranças de Repercussão Nacional

Por Bárbara Carvalho Em um cenário político marcado pelo excesso de informação e pela disputa…

1 semana ago

“Descobri o meu TDAH na vida adulta e o que parecia uma sentença, foi libertador” – Gabor Maté

O diagnóstico de TDAH pode ser um ato de libertação. Receber um diagnóstico de TDAH…

2 semanas ago