Poucos filósofos foram tão pessimistas como Arthur Schopenhauer (1788-1860). Quando um amigo sugeriu que os dois procurassem por mulheres, ele respondeu: “A vida é tão curta, questionável e evanescente que não merece qualquer tipo de esforço maior.” Quando, em viagem pela Itália, desobedeceu seu próprio preceito e cortejou várias mulheres, foi rejeitado por todas — o que só piorou suas expectativas com relação ao amor.
Ainda assim, Schopenhauer tem dicas muito atuais a respeito de relacionamentos. Em linhas gerais, ele defende: desista do sonho do amor para toda a vida. Se um relacionamento deu errado (e, em algum momento, ele provavelmente vai dar), parta para outro, sem culpas.
Schopenhauer acreditava que o amor era um mal necessário. O erro estaria em esperar demais dele e acreditar que só amamos uma vez na vida. “Para ele, o amor era terrível, instável, dilacerante, mas fundamental. Só não poderíamos sofrer tanto por ele”, afirma Douglas Burnham.
O filósofo pessimista aprendeu com o trabalho de Montaigne que a mente não controla o corpo como gostaríamos, e tentou entender o porquê de tanta urgência, tanta angústia, tanta energia dedicada aos relacionamentos. Não seria por diversão, por intimidade ou por sexo, concluiu. Mas por um motivo mais fundamental: a necessidade de procriar e levar adiante o legado humano. E isso não teria nada a ver com o casamento ou a monogamia tão perseguida pelos amantes. Aliás, o filósofo tinha uma visão bem pessimista sobre juntar as escovas de dentes. “Casar significa fazer todo o possível para se tornar objeto de repulsa para o outro”, dizia.
Ranzinza? Pode ser. O fato é que Schopenhauer, que teve alguns casos, mas nunca se casou, não tinha problemas em buscar novos amores quando um relacionamento acabava.
Texto extraído da Revista Galileu. Site que recomendamos a visita.
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