Classificada como um transtorno de ansiedade, a fobia escolar está entre os distúrbios que mais afetam crianças e adolescentes e pode aparecer durante toda a vida escolar, embora seja notada com mais frequência na faixa etária que compreende os cinco e os dez anos de idade. Além do medo exacerbado de ir para a escola, ela pode acarretar outros problemas, como evasão escolar, repetência, ausência de socialização com os colegas e baixa autoestima.
De acordo com Elizabeth Polity, psicopedagoga e diretora do Colégio Winnicott, de São Paulo, especializado em atender crianças com dificuldades de aprendizagem, a fobia escolar é caracterizada como uma ansiedade incontrolável de separação, ou seja, dificuldade de se adaptar a um novo espaço sem a presença do vínculo familiar. “A criança pode ter receio de deixar a mãe ou a casa por ter fantasias de abandono ou destruição. Situações de estresse pós-traumático, como o divórcio dos pais, perdas de entes queridos e bullying também aparecem como causadores”, explica. O transtorno pode, ainda, estar associado a alguma mudança significativa na vida da criança, como troca de classe ou de escola e maior exigência acadêmica conforme o aluno avança de série.
Dicas para ajudar seu filho a lidar com os sentimentos conflitantes que surgem na hora de ir para a escola:
· Respeite os medos da criança. Não dê broncas ou grite quando ela chorar por não querer ir à escola.
· Converse com seu filho sobre seus medos, passando-lhe a segurança de que precisa. Os pequenos sempre percebem a ansiedade e insegurança dos pais.
· Seja breve nas despedidas na escola. Nada de voltar para dar mais um beijinho ou falar algo que esqueceu. Isso aumenta o sofrimento.
· Não saia da escola escondido da criança. Sempre avise que vai sair e quando vai voltar para buscá-la.
· Combine com a escola como irão avisar caso seu filho esteja muito desconfortável ou chorando demais. E confie! Se não ligaram, é porque está tudo bem.
· Esteja na porta da escola quando a criança estiver saindo da aula. Nunca chegue atrasada.
· Estimule a criança a praticar outras atividades fora da escola.
· Analise se a escola está preparada para lidar com este tipo de situação.
· Fique sempre alerta: se os sinais de sofrimento não diminuírem, procure ajuda junto à escola.
Fonte: M de Mulher