A ideia de que somos seres energéticos é comumente associada à perspectivas filosóficas, espirituais ou holísticas. Elas sugerem que tudo ao nosso derredor tem energias positivas ou negativas. Essa teoria sugere que tudo o que nos acontece, acontece por causa das energias que evocamos e/ou permitimos receber. E até as energias ruins que são aquelas que não queremos, nos atingem, pois a vulnerabilidade nos é latente. 

Para fortalecer essa teoria, a neurologista Suzanne O’Sullivan em seu livro “Isso é coisa da sua cabeça”, diz que todas as pessoas que conhecemos vivenciam essas experiências energéticas por causa de suas vibrações (boas e/ou ruins) que elas evocam conscientes e inconscientemente.

Os desejos conscientes e inconscientes, são energias que o nosso estado de espírito nos permite vivenciar. Podemos resisti-las ou fortalecê-las. Podemos reconhecê-las, aceitá-las e trabalhar com elas ou contra elas. Os desejos inconscientes, bons ou ruins, surgem independentemente de nossa vontade e na maioria das vezes se realizam por intermédio dos sonhos oníricos. Esta é uma teoria psicanalítica, endossada pela neurologista Suzanne.

Será que nós realmente podemos evocar doenças mortais a nós mesmos?

Segundo Suzanne, sim. Ela afirma que quase todos aceitam sem problemas que o coração bata com mais força quando nos aproximamos da pessoa por quem estamos apaixonados, ou que as nossas pernas tremam quando é preciso falar em público. Nós aceitamos que estas são emoções que provocam sintomas físicos reais. Entretanto, nos custa aceitar que os mesmos pensamentos que causam um frio na barriga cheguem a desencadear doenças graves, como cegueira, convulsões ou paralisias.

De acordo com os seus estudos, nós podemos evocar de forma consciente ou inconsciente, nossas doenças geneticamente predispostas, também doenças físicas/mentais/mortais conhecidas pelo homem e até algumas que nem foram imaginadas ainda. Podemos sim, tê-las em nossa mente e corpo graças ao poder de nossas evocações verbais, mentais, atitudes negativas e comportamentos autodestrutivos.

Exemplos disso são: aquela febre ou sensação de febre que aparece de repente; as terríveis dores na região lombar – parecidas com cólicas de rins; enxaquecas duradouras; sensação que o coração está imenso, ou de que tem um nó na garganta… Estes são alguns dos incômodos que nos acomete por causa da absorção das energias contrarias que emitimos e/ou que recebemos de outros.

Geralmente, segundo Suzanne, os pacientes se negam a aceitar esse diagnóstico. Diz ela: “Eles têm um estresse mental do qual não estão conscientes, e alguém está obrigando-os a encará-lo. Esses sintomas são uma manifestação do organismo: seu organismo está lhe dizendo que algo não vai bem dentro de você, mas você não está percebendo”.

Ninguém está a salvo dessas doenças, e há centenas de causas que as originam. De acordo com Suzanne, os casos muito extremos, como as convulsões ou paralisias, costumam nascer de traumas psicológicos severos. Os menos graves podem surgir de um amontoado de pequenos esgotamentos que os pacientes não sabem administrar. Ela afirma que: “Tudo vai depender da atenção que a pessoa presta às suas dores: se ela ficar obcecada e buscar repetidamente uma explicação médica que não existe, é possível que acabe por desenvolver uma doença física psicossomática”.

Para se curar, o acompanhamento psicológico é indispensável. Segundo a neurologista, a primeira coisa a fazer é abandonar a ideia de que há uma enfermidade orgânica. A seguinte etapa é ver como a mente afeta o corpo: se você sente palpitações e nota que está ansioso, elas começarão a parecer muito menos graves, já que você conhece as causas. Mas, se associa essas palpitações a problemas cardíacos, e os exames médicos não comprovam isso, você provavelmente ficará obcecado, e as palpitações irão piorar.

Como evocar boas energias na prática 

“Não se pode proibir que um pássaro sobrevoe a sua cabeça, mas você pode impedi-lo de fazer um ninho”.  Coisa alguma no mundo é mais importante do que se sentir bem, em paz consigo mesmo, com sua consciência e em harmonia com o mundo e os seres que nele habitam.

Pense assim: Só por hoje eu vou encontrar as energias de que preciso para me sentir bem. Só por hoje eu vou começar o meu dia meditando e me colocando em alinhamento com meu Poder Superior. E enquanto o dia passa me lembrarei do som de minha própria voz dizendo positividades.

Experimente a vivência desse “só por hoje” por pelo menos um dia na semana. E veja como você se sentirá uma pessoa mais resistente. Por fim, lembre-se que não é necessário pedir sabedoria para resolver seus problemas, e sim evocar a sabedoria, se imaginar sábia, se vislumbrar numa sinergia de força e inteligência emocional. O seu instinto de sobrevivência primitivo já lhe deu tudo de que você precisa para vencer: evoque-o com ações positivas, caminhando sozinha, meditando, cantando, sorrindo, dançando, se exercitando, se alimentando e dormindo como se deve, com rotinas suportáveis.

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