Somos seres energéticos. Tudo ao nosso derredor tem energias positivas ou negativas. E a neurociência explica que tudo o que  nos acontece, acontece por causa das energias que evocamos e/ou permitimos receber. E até as energias ruins que são aquelas que não queremos, nos atingem, pois a vulnerabilidade nos é latente. 

Todas as pessoas que conhecemos estão vivenciando essas experiências com suas energias – aqui e agora – por causa de suas vibrações energéticas (boas e/ou ruins) que elas evocam conscientes e inconscientemente.

Os desejos (conscientes e inconscientemente) são energias que o nosso estado de espírito nos permite vivenciar. Podemos resisti-las ou fortalecê-las. Podemos reconhecê-las, aceitá-las e trabalhar com elas ou contra elas. Os desejos inconscientes, bons ou ruins, surgem independentemente de nossa vontade e na maioria das vezes se realizam por intermédio dos sonhos oníricos. Esta é uma teoria psicanalítica, endossada pela neurociência.

Nós podemos evocar doenças mortais a nós mesmos

Quase todos nós aceitamos sem problemas que o coração bata com mais força quando nos aproximamos da pessoa por quem estamos apaixonados, ou que as nossas pernas tremam quando é preciso falar em público. São emoções que provocam sintomas físicos reais. Entretanto, custa aceitar que os mesmos pensamentos que causam um frio na barriga cheguem a desencadear doenças graves, como cegueira, convulsões ou paralisias. E, no entanto, é justamente isso que descreve a neurologista Suzanne O’Sullivan no livro It’s All in Your Head (Está tudo na sua cabeça, na tradução literal, ainda inédito no Brasil).

Podemos evocar de forma consciente ou inconsciente, nossas doenças geneticamente predispostas, também doenças físicas/mentais/mortais conhecidas pelo homem e até algumas que nem foram imaginadas ainda. Podemos sim, tê-las em nossa mente e corpo graças ao poder de nossas evocações verbais, mentais, atitudes negativas e comportamentos autodestrutivos.

Exemplos disso são: aquela febre ou sensação de febre que aparece de repente; as terríveis dores na região do sacro – parecidas com cólicas de rins; enxaquecas duradouras; sensação que o coração está imenso, ou de que tem um nó na garganta… Estes são alguns dos incômodos que nos acomete por causa da absorção das energias contrarias que emitimos e/ou que recebemos de outrem.

Geralmente, porém, os pacientes se negam a aceitar esse diagnóstico. “Eles têm um estresse mental do qual não estão conscientes, e alguém está obrigando-os a encará-lo. Esses sintomas são uma manifestação do organismo: seu organismo está lhe dizendo que algo não vai bem dentro de você, e que você não está percebendo”, diz a médica.

Ninguém está a salvo dessas doenças, e há centenas de causas que as originam. Segundo Suzanne, os casos muito extremos, como as convulsões ou paralisias, costumam nascer de traumas psicológicos severos; os menos graves podem surgir de um amontoado de pequenos esgotamentos que os pacientes não sabem administrar. “Depende da atenção que a pessoa presta às suas dores, se ela ficar obcecada e buscar repetidamente uma explicação médica que não existe, é possível que acabe por desenvolver uma doença física psicossomática”, explica ela.

Para se curar, o acompanhamento psicológico é indispensável. Segundo Suzanne, a primeira coisa a fazer é abandonar a ideia de que há uma enfermidade orgânica. A seguinte etapa é ver como a mente afeta o corpo: se você sente palpitações e nota que está ansioso, elas começarão a parecer muito menos graves, já que você conhece as causas. Mas, se associa essas palpitações a problemas cardíacos, e os exames médicos não comprovam isso, você provavelmente ficará obcecado, e as palpitações irão piorar.

Evocando as boas energias na prática 

“Não se pode proibir que um pássaro sobrevoe a sua cabeça, mas você pode impedi-lo de fazer um ninho”.  Coisa alguma no mundo é mais importante do que  sentir-se bem, em paz consigo mesmo, com sua consciência e em harmonia com o mundo e os seres que nele habitam.

Pense assim: Só por hoje eu vou encontrar as energias de que preciso para me sentir bem. Só por hoje eu vou começar o meu dia meditando e me colocando em alinhamento com meu Poder Superior. E enquanto o dia passa me lembrarei do som de minha própria voz dizendo positividades.

Experimente a vivência desse “só por hoje” por pelo menos um dia na semana. E veja como você  se sentirá uma pessoa mais resistente. Por fim, lembre-se que não é necessário pedir sabedoria para resolver seus problemas, e sim evocar a sabedoria, se imaginar sábia, se vislumbrar numa sinergia de força e inteligência emocional. O seu instinto de sobrevivência primitivo já lhe deu tudo de que você precisa para vencer: evoque-o com ações positivas, caminhando sozinha, meditando, cantando, sorrindo, dançando, se exercitando, se alimentando e dormindo como se deve, com rotinas suportáveis.






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