O mundo inteiro vibra pela liberação das vacinas, e os cientistas correm contra o relógio para livrar o mundo do mal da Covid-19. Já são mais de 700 mil mortos pelo vírus invisível. Assim na busca por renovar a esperança, conheça tudo sobre as 6 vacinas que estão em fase final de testes.

O presidente russo Vladimir Putin afirmou que a primeira vacina contra o coronavírus, fabricada no país, foi aprovada e registrada. No entanto, a vacina citada nunca esteve entre as fórmulas mais avançadas elencadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e sua aprovação foi mal recebida pela comunidade científica, pois para acelerar o processo, várias etapas de testes para garantir segurança e eficácia foram ignoradas.

De acordo com a OMS, existem pelo menos 120 vacinas sendo criadas em vários países ao redor do mundo. Destas, seis estão na fase 3 do estudo clínico, ou seja, já passaram por testes para provar a segurança do medicamento e agora estão sendo aplicadas em um número grande de voluntários para verificar se, de fato, funcionam contra a Covid-19. As informações são do site Metrópoles.

Confira quais são as vacinas listadas pela OMS como as mais avançadas:

1 – Oxford/Vaccitech (Reino Unido)

Esta é uma das iniciativas mais conhecidas, é chamada de ChAdOx1 nCoV-19 e está na terceira fase de testes, que acontecem também no Brasil — nesta semana, a Anvisa permitiu que o estudo contemple uma segunda dose, de reforço, que deve ser administrada entre quatro e seis semanas de intervalo. Para garantir a produção ainda em 2020, devem ser usadas várias fábricas ao redor do mundo. Por aqui, a Fiocruz será a responsável por fabricar a vacina.

2 – Sinovac/Biotech (China)

A imunização Coronavac já está sendo testada no Brasil pelo Instituto Butantan. Segundo a entidade, apesar de o estudo clínico durar pelo menos um ano, a expectativa é que a vacina já esteja disponível para a população em janeiro de 2021.

3 – Institutos Biológicos de Wuhan e Pequim/Sinopharm (China)

O grupo chinês Sinopharm é responsável por duas vacinas que devem ter o estudo clínico finalizado até o final de outubro e, segundo o presidente da companhia, Liu Jingzhen, a previsão é que pelo menos uma delas esteja disponível até o final de 2020. Os testes estão sendo feitos em 15 mil voluntários nos Emirados Árabes Unidos, mas o estado do Paraná pretende participar dos estudos e deve entrar com um pedido na Anvisa ainda nesta semana.

4 – BioNTech/Pfizer (Estados Unidos)

A vacina recebeu o nome de BNT162 e é fruto de uma parceria de 2018 para a produção de vacinas contra a influenza, cuja técnica foi adaptada para o coronavírus. Os testes clínicos estão em andamento e as empresas garantem mais de 100 milhões de unidades prontas em 2021. O Brasil entrou na rota de pesquisa e voluntários de São Paulo e Salvador devem participar do estudo.

5 – Moderna/NIH (Estados Unidos)

A vacina americana apresentou bons resultados na primeira fase do estudo clínico em um grupo de oito pacientes. A última etapa da pesquisa, com 30 mil voluntários, começou no final de julho. O objetivo da empresa é aumentar a escala de produção em 10 milhões por mês até chegar na capacidade de 1 bilhão de doses por ano em julho de 2021.

Entenda as fases para confirmação da eficácia de uma vacina:

1- Fase laboratorial, é na primeira etapa que os cientistas identificam o vírus e analisam qual componente do vírus será utilizado para fabricação da vacina. Uma das estratégias mais seguras é separar a proteína de superfície do vírus, atenuar ou inativar o vírus.

2 – Fase teste em animais, a vacina é produzida em pequena escala para os primeiros ensaios realizados com animais (geralmente camundongos, coelhos ou macacos).

3 – Fase teste em humanos, a partir de bons resultados da fase 2, começa a primeira etapa da fase 3, a introdução da vacina em um grupo muito pequeno de voluntários para determinar a segurança da vacina, observando se há reações. Depois inicia a segunda etapa da fase 3, observa-se o tipo de resposta que ela terá nos humanos, como cada corpo vai reagir aos componentes da vacina. Por fim, são aplicadas a um grupo mais abrangente de pessoas que está expostas ao vírus em seu cotidiano.

Grupo de controle – os voluntários são separado em não vacinados (grupo de controle) e vacinados, e então observa-se se há redução do número de casos.

Regulamentação – Após a conclusão dos testes, as agências regulatórias de cada país podem avaliar os resultados e sinalizar se as vacinas são seguras e eficientes.

Produção em larga escala – As vacinas seguem para a produção em grande quantidade para ser distribuída para a população.

__

Se você gostou do texto, curta, compartilhe com os amigos e não se esqueça de comentar, isso nos ajuda a continuar trazendo conteúdos incríveis para você. Siga-nos também no Instagram e Youtube.






As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.