Segundo artigo publicado em VivaBem, já completaram cinco meses que o coronavírus começou a causar suas primeiras internações. A boa nova é que, nesse meio tempo, os médicos aprenderam muito com a doença e ficou “menos difícil” lidar e tratar a doença. Mesmo sem vacina ou uma medicação que elimine o vírus no corpo infectado, os especialistas avaliam que a prática no tratamento elevou as chances de sobrevivência de casos graves graças a procedimentos que melhoram a resposta do corpo às consequências da covid-19.
Hoje, segundo informações do painel de dados “UTIs Brasileiras”, atualmente a mortalidade de pacientes que passam por leito de terapia intensiva é de 34%. Inicialmente, esse índice chegava a superar 50%. Os especialistas lembram, no entanto, que na prática clínica não foi observado nenhum medicamento capaz de atenuar a ação do vírus no corpo. Ainda assim, os médicos conseguem avaliar melhor a progressão do quadro dos pacientes nas UTIs, o que traz esperanças, mesmo depois de ultrapassarmos as 100 mil mortes no país.
“Hoje a gente conhece melhor o que está tratando. Quando a doença chegou para nós, era uma doença nova; tentou-se utilizar conhecimento de outras doenças, mas vimos logo que havia mais coisas. Foi necessário se adaptar com o carro andando”, conta Marcos Galindo, da Comissão de Ética e Defesa Profissional da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira).
Segundo ele, os médicos perceberam que a covid-19 se comportava no organismo como uma sepse (doença que resulta de uma reação exagerada do corpo a algum tipo de infecção causada por vírus, bactéria ou fungo), mas com uma diferença: sem remédio contra o agente causador. Isso foi um desafio a ser vencido. “A gente já está acostumado a tratar sepse. Quando ela é bacteriana, por exemplo, a gente tem o antibiótico, que mata a bactéria e acaba com o fator que desencadeia o problema”, afirma.
De acordo com a reportagem, assim como Galindo, outros médicos corroboram que não viram qualquer droga atenuar a ação do vírus no corpo. “Todas as medicações que foram testadas nos pacientes com infecção moderada ou grave, não tivemos nada com comprovação de eficiência, como a cloroquina ou a ivermectina, por exemplo. Nenhuma mudou o desfecho de mortalidade”, diz.
Por fim, o médico Marcos Galindo diz que todo profissional de saúde precisou aprender a exercitar a paciência para vencer os casos de covid-19 grave nos pacientes. “Tivemos de ficar com pacientes muito graves por muito tempo. Os pacientes que vão para a ventilação mecânica ficam em torno de duas semanas, são doentes que demoram a responder. No começo foi meio desesperador, porque quando a gente colocava no respirador, o paciente já tinha uma resposta, e com essa doença a gente não conseguia, demora a ter uma resposta. Temos pacientes que ficaram graves por semanas. Então aprendemos que nesse caso o tratamento é longo, mas com muita melhora, como vemos em enfermaria ou em quem já teve alta hoje pelo país”, finaliza.
Ouvi falar de um colégio em Chicago onde os alunos precisavam passar em um certo…
Se nós somos aquilo que comemos e a maneira que comemos, quer dizer que tudo…
A escritora e psicanalista Clara Dawn, faz uma síntese de dois livros da doutora em…
Dormir em um minuto? Parece que estamos mentindo, mas a boa notícia é verdadeira. Chama-se…
Eu quero falar com você sobre o tempo de ficar só e de se dedicar…
As frequentes demandas, a falta de uma rede apoio, o descanso, a má divisão das…