Cozinhar com banha de porco e até mesmo utilizá-la para conservação de alimentos é um cultura cultivada por nossos avós e bisavós, e de uns tempos pra cá, parece ter voltado ao cenário da culinária.

Em matéria publicada na Gauchazh, Angélica Weber Menzel, professora dos cursos de Nutrição e de Gastronomia da Unisinos, explica os benefícios e as desvantagens do produto em relação aos óleos vegetais.

“Não podemos dizer que a gordura suína é vilã da alimentação saudável. Ela contém 40% de ácidos graxos saturados, 12% de ácidos graxos poli-insaturados e 48% de ácido graxo monoinsaturado que é igual ao ácido graxo do azeite de oliva. Comparada aos óleos vegetais, a gordura suína só não é melhor que azeite de oliva extra virgem e óleo de amendoim. É preciso cuidado com a procedência da banha, prefira de lojas que vendem produtos artesanais e que sejam de confiança.

É importante lembrar que todas as gorduras e óleos têm grande percentual de lipídios na sua composição e são muito calóricas — um grama de lipídio fornece nove quilocalorias. Cada alimento fonte de lipídio apresenta diferentes de ácidos graxos em percentuais diversos. Os lipídios são formados por ácidos graxos e estes podem ser classificados em saturados e insaturados (monoinsaturados e poli-insaturados).

Para manutenção da nossa saúde, devemos consumir os três tipos de ácidos graxos na alimentação diária. Essas substâncias exercem funções variadas em nosso organismo: compõem todas as membranas celulares, são importantes na proteção dos órgãos, mantêm a temperatura corporal e fornecem energia.

Para uma alimentação saudável, o importante é o equilíbrio, sem exageros, e a diversidade de alimentos na dieta evita deficiência de nutrientes”.

Apesar das vantagens, especialistas entrevistados pelo UOL afirmam que não recomendam seu uso livremente no preparo de alimentos, principalmente por aqueles que sofrem ou tem histórico familiar de obesidade e doenças cardiovasculares.






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