Uma estrela rara vai aparecer novamente após 800 anos. Ela é formada pela conjunção de dois planetas.

Perto do Natal, em 21 de dezembro, Júpiter e Saturno ficam mais próximos em oito séculos, formando um ponto de luz chamado de “Estrela de Belém” ou “Estrela do Natal”.

É uma questão de ponto de vista, porque, na realidade, os dois planetas permanecem separados por milhões de quilômetros, mas a imagem que formarão juntos vai se destacar no céu.

Os alinhamentos entre eles, conhecidos como ‘conjunção’, são “bastante raros”, explicou o astrônomo da Rice University, Patrick Hartigan, em comunicado.

A próxima conjunção só poderá ser vista novamente em 15 de março de 2080.

Embora visível em todo o mundo, o melhor lugar para ver a conjunção é nas proximidades da Linha do Equador.

Fenômeno raro

A última vez que esses gigantes gasosos apareceram tão de perto, com uma separação visível de apenas 0,1 grau, foi na Idade Média: em 1226, antes do amanhecer do dia 4 de março.

O aparecimento da ‘Estrela do Natal’ é um fenômeno observado apenas da Terra.

Como observar

Logo após o pôr do sol na noite de 21 de dezembro, os planetas estarão mais próximos, a “Estrela do Natal” será visível de qualquer lugar da Terra, em condições climáticas favoráveis.

Se você estiver observando com um telescópio, também poderá ver as maiores luas de Júpiter e Saturno orbitando-os naquela semana. A próxima chance só será em 15 de março de 2080, depois disso, o par não fará essa aparição até algum dia após o ano 2400.

O mistério da Estrela de Belém

Várias teorias sobre a estrela que guiou os três Reis Magos até o local em que Jesus haveria de nascer surgiram ao longo do tempo, essa hipótese da junção dos astros foi levantada pelo astrônomo Johannes Kepler no século XVI.

Ele tentou demonstrar com seus longos estudos, que esse astro não era apenas um, mas a conjunção de dois planetas: Júpiter e Saturno. Quando eles se sobrepõem, somam-se os respectivos brilhos em um único ponto de luz. Esse fenômeno foi observado por ele em 1604 onde observou um efeito semelhante ao que nos conta a Bíblia. A partir daí, Kepler defendeu sua teoria. Sendo o fenômeno conhecido popularmente por esse nome ao longo dos anos. Outras teorias falam sobre vênus mais brilhante ou meteoros.

Fontes: SNB, Pais e Filhos e Editora Cléofas






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