Um homem de 55 anos morreu na Áustria após ir a uma “festa da covid” na cidade de Bolzano, no norte da Itália, com a intenção de ser infectado com o coronavírus. Segundo o jornal italiano Il Dolomiti, ele queria obter o chamado “passe verde”, cobrado por vários dos países na Europa, em que, para ter o direito de trabalhar ou acessar áreas de lazer, os moradores devem ter um certificado de vacinação completa ou provarem que se recuperaram da covid-19 nos últimos seis meses. As informações são da UOL.

O médico Patrick Franzoni (capa), coordenador da unidade anti-covid de Bolzano, explica que as “festas da covid” são cada vez mais comuns na região dos Alpes, que inclui Áustria, França, Alemanha, Itália, Liechtenstein, Mônaco, Eslovênia e Suíça. Ele detalhou ao Il Dolomiti que, nestes eventos, pelo menos um dos convidados já testou positivo para a covid e que os outros presentes, sabendo quem esta pessoa é, se aproximam dela para compartilhar drinques ou abraços. Até mesmo crianças seriam levadas pelos pais para as festas, com informações de pelo menos uma hospitalizada, informou o jornal italiano.

“Nós recebemos mais de um relato vindo de médicos que trataram pacientes que admitiram ter sido infectados de propósito”, reforçou Franzoni. “Eles fazem isso para desenvolver anticorpos e obter o ‘passe verde’ sem vacinação. Existem consequências a longo prazo e até mesmo pessoas jovens podem parar no hospital”, alertou o profissional após a morte do austríaco, que não teve a identidade divulgada. A procuradoria de Bolzano abriu investigação para apurar as “festas da covid”.






As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.