Matheus Ribeiro atraiu a atenção dos telespectadores por ser o primeiro homossexual assumido a comandar o “Jornal Nacional”, na TV Globo. O comunicador, que apresenta um telejornal em Goiânia – Goiás, também se tornou um dos assuntos mais comentados na web após o namorado, Yuri Piazarollo, capitão do BOPE (Batalhão de Operações Especiais, de Rondônia), postar uma foto com ele nos estúdios da atração.

“Eu não queria minha vida exposta, mas um site sensacionalista usou uma imagem nossa, com os rostos borrados, e publicou a seguinte manchete: ‘Âncora do JN vive romance gay com policial do BOPE’. Achei aquilo um absurdo. Não faz a menor diferença eu ser gay ou ser hétero. Só espero sinceramente o dia que isso não seja mais uma notícia”, desabafou em entrevista ao colunista Leo Dias.

A mãe do apresentador, Kátia Cilene Araújo também precisou rebater comentários preconceituosos contra o filho na internet:

Uma internauta questionou: “Você não liga de ele ser gay? Você é evangélica?”. E Kátia afirmou: “Olha, eu aceitei sua amizade aqui e nunca perguntei se você é ou deixa de ser alguma coisa. Acha mesmo que eu me sentiria ofendida com a sexualidade do meu filho, diante de todo o orgulho que ele sempre me deu?”, disse ela.

Na sequência, a mãe do apresentador continuou: “As nossas relações com Deus são pessoais, cada um tem a sua. Portanto, eu posso orar pelos meus filhos e pedir as bençãos de Deus na vida deles, mas não posso julgá-los, muito menos condená-los. Meus filhos são homens de bem, honestos, trabalhadores, nunca prejudicaram ninguém, portanto, a sexualidade deles é íntima, e não me sinto no direito de apontar o dedo e ser preconceituosa e cruel”.

Matheus viu a repercussão da mensagem da mãe e agradeceu pelo carinho dela. “Eu nem tinha visto/ficado sabendo disso. Minha mãe, sempre protetora, filtra o que me diz. Mas é impossível não se emocionar ao ler o que ela escreveu. Te amo, mãe!”.

Matheus Ribeiro se tornou nacionalmente conhecido ao ser um dos jornalistas convidados para apresentar o Jornal Nacional no rodízio comemorativo do aniversário do telejornal.

Em entrevista ao Observatório da TV, o jornalista falou do assunto e, com muita modéstia, disse que não acha que esteja ‘fazendo história’:

“Não acho que eu esteja fazendo história, mas sim, sendo parte de uma evolução da sociedade, que passa a considerar o que de fato é devido no ambiente profissional. Características como nossa cor, nossa idade, nossa sexualidade não devem ser benefício e muito menos impedimento para que alguém alcance seus objetivos. Caráter, honestidade e competência, esses sim, são valores fundamentais no aspecto profissional. Então, sob esse ponto de vista, fico muito feliz, pois vejo que as conquistas que já tive são fruto do meu esforço, do trabalho com uma equipe maravilhosa e da postura ética do local em que trabalho”.

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