O americano Grant Wahl, jornalista esportivo que fazia a cobertura da Copa do Mundo e foi detido por usar uma camisa com estampa de um arco-íris em apoio ao movimento LGBTQA+, morreu no Catar. Grant Wahl, 49 anos, desmaiou enquanto cobria a partida das quartas de final entre Argentina e Holanda nesta sexta-feira 09.

Os serviços de emergência foram chamados e rapidamente levaram Wahl a um hospital. Mais tarde, foi declarado que o jornalista havia morrido. A informação foi confirmada pela NPR — rádio onde o profissional trabalhava — pela federação de futebol dos EUA e pelos próprios familiares.

Grant foi barrado de entrar em um jogo de seu país por estar usando uma camisa com um arco-íris, um dos símbolos LGBTQIA+. “Um segurança se recusou a me deixar entrar no estádio para EUA x País de Gales. Você tem que trocar de camisa. Não é permitido”, escreveu Grant em suas redes sociais.

Causa da morte não divulgada

Notavelmente, alguns dias antes, Wahl havia visitado uma clínica médica no Catar devido ao alto estresse;

“Meu corpo finalmente quebrou. Três semanas de pouco sono, muito estresse e muito trabalho podem fazer isso com você. O que tinha sido um resfriado nos últimos 10 dias se transformou em algo mais severo na noite do jogo EUA-Holanda, e pude sentir a parte superior do meu peito assumir um novo nível de pressão e desconforto. Eu não tinha Covid (eu faço testes regularmente aqui), mas fui hoje à clínica médica no principal centro de mídia e eles disseram que provavelmente tenho bronquite. E já estou me sentindo um pouco melhor. Mas ainda assim: não bem”, escreveu Wahl em seu blog.

Suspeita de crime

O irmão de Grant, Eric, em um vídeo postado no Instagram na sexta-feira, anunciou sua morte enquanto suspeitava de crime:

“Meu nome é Eric Wahl. Moro em Seattle, Washington. Sou irmão de Grant Wahl. Eu sou gay, eu sou a razão dele ter usado a camisa arco-íris na Copa do Mundo. Meu irmão era saudável, ele me disse que recebeu ameaças de morte. Não acredito que meu irmão acabou de morrer. Acredito que ele foi morto, e eu só imploro por qualquer ajuda”.






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