A líder indígena, Nemonte Nenquimo, ganhou o Prêmio Ambiental Goldman – conhecido como ‘Nobel Verde’, o mais importante do mundo na área do ativismo ambiental. O prêmio é fruto das suas constantes ações para salvar parte da floresta Amazônica, no Equador. As informações são do site Good News Network. Confira:

Nemonte é responsável por liderar uma campanha indígena e uma ação na justiça contra empresas de petróleo na região. O seu feito ajudou a proteger 500 mil hectares do território Waorani, dentro da Floresta Amazônica.

Desde a década de 1960, a exploração de petróleo, extração madeireira e construção de estradas já tiveram um sério impacto sobre as florestas tropicais na parte que fica no Equador, afetando negativamente o povo indígena e sua cultura.

Ao longo das décadas, várias empresas petrolíferas despejaram resíduos nos rios locais e em terras contaminadas, levando a picos de saúde pública em diversos tipos doenças, incluindo abortos.

A situação é tão caótica que, para se ter uma ideia, em 2018, o então Ministro de Hidrocarbonetos do Equador fez um leilão de 16 novos contratos de petróleo localizados nas terras tituladas violando os direitos de nações indígenas.

Nemonte tem de 33 anos e é cofundadora da Ceibo Alliance, organização criada justamente para lutar contra as concessões de petróleo na região. “Nossa floresta tropical não está à venda”, diz o seu slogan.

Em abril de 2019, os tribunais equatorianos decidiram a favor de Waorani contra as empresas de petróleo. John Goldman, presidente da Goldman Environmental Foundation, elogiou os homenageados do ano por “tomar uma posição, arriscar suas vidas, os meios de subsistência e nos inspirar com um progresso ambiental real e duradouro”.






As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.