“Eu sou mais velha e pareço uma mulher da minha idade. Algumas manhãs, olhando para mim no espelho, penso: ‘E se eu me opero?’.
Mas eu sempre descarto porque cirurgia é como quando vendavam os pés das mulheres na China, uma nova consequência da misoginia.
Se o fizesse, poderia aparentar 56, mas quando fizesse 76 anos, pareceria que tenho 66… É ganhar uma batalha para perder a guerra.
Além disso, a longo prazo, a beleza está acima de tudo na elegância e na inteligência. Eu penso, por exemplo, em Maria Callas, Frida Kahlo, Anna Magnani…
Aos 20, somos todos lindos até de camiseta. Mas depois a beleza é uma questão de estilo, personalidade, carisma…
Não é preciso esconder os defeitos, mas transformá-los para serem únicos. Agora eu não procuro mais ser sexy, mas encontrar a melhor expressão de mim mesma.
Quando você é jovem tem muita pressão: trabalho, dinheiro, filhos… Mas à medida que você faz anos você se sente mais livre e mais segura e faz o que lhe vem na mente.
Ninguém fala sobre a maravilha que é envelhecer!”.
Texto atribuído a Isabella Rossellini, atriz e modelo, 67 anos.