Recentemente o ex-apresentador da Globo Tiago Leifert e sua esposa Daiana Gardin publicaram um vídeo para falar sobre um câncer raro nos olhos da filha do casal, Lua, de 1 ano e 3 meses. A doença em questão trata-se de retinoblastoma, pouco conhecida devido à sua raridade, mas que merece muita atenção de todas as mães, pais e responsáveis por bebês e crianças — grupos mais suscetíveis à condição. As informações são da revista Isto É.

Em uma entrevista ao “Fantástico” na noite de ontem, o casal voltou a falar sobre o tema, a fim de alertar os pais. Segundo Tiago, observar os mínimos sinais foi a chave para a descoberta da doença, visto que, no caso de Lua, não apresentava sintomas claros que chamassem atenção, como dor e tristeza, por exemplo.

“Peguei ela [Lua] no berço para brincar e vi que ela não olhou no meu olho, olhou meio de lado. Ela estava olhando para mim, mas olhando meio para lá”, relatou Leifert sobre como percebeu que havia algo de errado com a criança.

O casal agiu prontamente ao levar a filha ao oftalmologista para investigar o caso, o que fez toda diferença para que a doença não avançasse ainda mais, visto que o diagnóstico precoce pode favorecer a cura e aumentar as chances de salvar o globo ocular.

O que é retinoblastoma

O retinoblastoma, condição diagnosticada em Lua, é um tumor que se origina na retina, responsável pela visão. Ao “Fantástico”, os médicos que acompanham o tratamento da filha do Tiago Leifert explicaram com detalhes sobre a doença.

Segundo a oncologista pediátrica Carla Macedo, o retinoblastoma corresponde, aproximadamente, a 3% de todos os cânceres pediátricos. “Estamos falando de uma doença extremamente grave e rara. O retinoblastoma se origina nas células embrionárias da retina, dentro do olho, então é uma doença de crianças pequenas. A gente tem 95% dos casos em crianças menores do que 5 anos, que pode acontecer em um ou nos dois olhos”, ponderou a médica.

Ainda não se sabe se há fatores externos que podem desencadear a doença. No entanto, a ciência aponta que essa condição é resultado de mutações genéticas, que levam a um crescimento descontrolado das células da retina.

As classificações de gravidade do retinoblastoma vão de A a E. No caso de Lua, o diagnóstico consta o último e mais grave nível, E.

Sinais

É possível perceber a doença pelo chamado “reflexo de olho de gato”, que pode ser evidenciado em foto com flash, em que ao invés da pupila ficar vermelha, o reflexo é esbranquiçado.

Outros sinais da doença podem incluir:

• Estrabismo

• Movimentos irregulares nos olhos

• Deformação do globo ocular

• Perda de visão

• Dor nos olhos

• Vermelhidão

Especialistas alertam que ao notar os primeiros sinais é fundamental levar a criança ao oftalmologista mais rápido possível.

Tratamento

As opções de tratamento, que variam conforme o estágio do tumor e outros fatores, incluem quimioterapia (em especial a quimioterapia intra-arterial), laser e crioterapia (congelamento do tumor).

“A gente já fez quatro sessões de quimioterapia, a quimio intra-arterial, como se fosse uma cirurgia, um cateterismo. Os médicos levaram o remédio até o olhinho. Por isso que não tem tantos efeitos colaterais. Não sabemos quantas sessões vão ser necessárias. O tratamento é um passo por vez, mas a gente está muito confiante, tem muita fé e tem certeza total da cura da nossa filha”, contou Daiana sobre o tratamento da filha.






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