Você o perdeu porque ele confundiu seu oceano com uma poça. Você o perdeu porque ele era muito fraco para lutar por alguém que lutaria por ele. Você o perdeu porque ele não segurou as mãos que nunca o deixariam. Você o perdeu porque o coração dele nunca se sentiu satisfeito mesmo com todo o amor que você poderia oferecer. Não foi porque você não era suficiente, mas porque ele não estava pronto para o tipo de amor que você colocou em uma bandeja para ele.

Ele não estava pronto para o que era real. Ele não estava pronto para o tipo de amor que não é só risos, ele não estava pronto para a responsabilidade que vinha com seus abraços. Ele não estava pronto para você.

E isso não é sua culpa.

Você é apenas um ser humano, tão falível quanto qualquer um, sua emoções mudam em um segundo. Você chora com histórias tristes e ri de piadas idiotas. Você é o tipo de pessoa que olha para o céu e se lembra de quão grande é o mundo. Você mantém um diário, mas se esquece dele depois de uma semana. Você frequenta a aula, mas sua mente vaga. Você lê poesia mas odeia rimas. Você ama música, mas canta fora do ritmo no chuveiro. Você sonha em voar, mas não quer deixar o chão.

Você é você, e eu não vejo porquê você está tentando se encaixar em outra pessoa.

Se ele não está pronto para amar você, então abra suas mãos e deixe-o voar livre. Talvez ele volte, talvez não. Talvez ele tente, mas encontra outra pessoa no caminho. Talvez ele esteja procurando por alguém como você. Talvez nunca encontrará.

Mas uma coisa é certa, a incapacidade dele de receber amor não deveria impedir-la de dar amor.

Eu espero que um dia você pare de se culpar, pois não é culpa do seu coração ter escolhido a pessoa errada para amar, nem do seu cérebro por enxergar alguém como perfeito apesar de suas falhas.

Não é sua culpa. Não é culpa dele. Não é amor. Porque sua alma é destinada a vagar, alcançar alturas e superar obstáculos.

Você foi feita para amar, você foi feita para ser amada.

Espero que você pare de culpar a si mesma, pois tudo o que você fez foi amar, e nada é mais humilde e bonito que isso.

Publicado originalmente em Thought Catalog – Tradução e livre adaptação de Thálitha Miranda – especial para o Portal Raízes.






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