Por que passamos a vida inteira em empregos que não gostamos e gastamos grande parte de nosso suado dinheiro com coisas que não precisamos?

Nos sentimos pessoas de sorte porque podemos trabalhar e, portanto, temos uma renda que nos permite satisfazer as nossas necessidades mais urgentes. Quando chega o final do mês, recebemos o salário e cada nota se vai das nossas mãos, como se fossem levadas pelo vento. Então, você começa a se questionar sobre o que faz, e se isto realmente o satisfaz.

Todos os meses você se transforma em um escravo que trabalha apenas por dinheiro, para poder consumir e não para criar. A parte mais triste é quando você percebe que, apesar de trabalhar para obter dinheiro, você nunca terá o suficiente. O dinheiro é uma ilusão que evapora da mesma forma que chega.

“Não espere que o seu” destino “, dependa do “destino de outra pessoa”. Duarte Brian

A situação se torna preocupante. A cada quinze ou trinta dias (dependendo do seu contrato) o círculo vicioso se repete: trabalhar, receber o salário, pagar as contas e ficar novamente zerado. Enquanto isso, você começa a sentir frustração, ansiedade e, finalmente, a sua autoestima também vai cobrar um preço.

À primeira vista parece que você não tem outra alternativa; mas, ao mesmo tempo, aparecem os questionamentos: você vive ou sobrevive com o que faz? Você mesmo tem a resposta, o problema é que não consegue visualizá-la porque é um prisioneiro das afazeres diários. A chave, sem dúvida, é mudar a mentalidade.

Trabalhar é um mal necessário?

Precisamos de um trabalho para sobreviver: esta é uma verdade que não pode ser contestada. A pergunta poderia ser: é possível amar o seu trabalho? A resposta é sim, embora não seja, neste momento, o que você sonhava ou que você se sinta desmotivado. Se você se conscientizar de que não ficará neste trabalho para o resto da vida e que tudo será um aprendizado que irá ajudá-lo no futuro, com certeza poderá desenvolvê-lo sem sentimento de culpa.

É importante que você tenha como objetivo expandir os seus horizontes. Por isso, é essencial que você estude o que gosta, aprenda uma profissão que lhe agrade, desenvolva habilidades com as quais se sinta identificado. É importante adquirir ferramentas para que o seu trabalho não seja apenas um meio de ganhar dinheiro, mas também que lhe permita crescer e desenvolver todo o seu potencial.

Se você trabalha para alguém ou para uma empresa, sente que o seu trabalho é valorizado e está satisfeito com o seu salário, está no lugar certo. Ou se você acredita que é hora de seguir seu próprio caminho, desapegar e utilizar as ferramentas que desenvolveu para começar a trabalhar em seu próprio negócio, é hora de agir. O caminho para alcançar os nossos objetivos não é fácil, mas é importante, pelo menos, tentar.

Isto lhe dará mais oportunidades e não vai deixá-lo preso a uma cadeira que lhe dá uma segurança efêmera. Além disso, você pode fazer do seu trabalho um espaço para facilitar o seu autoconhecimento e autorrealização. Desta forma, você também pode deixar o círculo vicioso de trabalhar para consumir e entrar em uma lógica de trabalhar para criar. Lembre-se sempre de que as coisas começam a fluir quando você muda a sua mentalidade.

Construa o seu projeto de vida

Você já se perguntou o que deseja fazer com a sua vida? A motivação para construir um plano para o futuro deve partir dessa resposta. A primeira coisa que você tem a fazer é ver quais são as suas habilidades. Isto significa perceber quais são as habilidades que podem ser desenvolvidas, o quanto você está disposto a aprender e como enfrentar os desafios de uma sociedade tão competitiva.

É preciso estabelecer prioridades. Para isso lhe apresentamos a teoria de Maslow para a classificação das necessidades. Maslow foi um psicólogo americano que usou a imagem de uma pirâmide para classificar as necessidades humanas. Na base desta pirâmide colocou as “necessidades básicas ou fisiológicas” (respiração, alimentação, hidratação, sexo, descanso).

Em seguida vêm as “necessidades de segurança” (habitação, educação, transporte, previdência social, proteção da propriedade). No terceiro nível são a “necessidades sociais” (amizade, família, participação de um grupo social e aceitação).

Há um quarto nível representado pelas “necessidades de estima” (a estima alta tem a ver com o respeito por si mesmo, reconhecer as suas habilidades, e a estima baixa tem a ver com o respeito das outras pessoas). E no topo da pirâmide estão as “necessidades de autorrealização” ou o alcance do seu potencial máximo.

Podemos utilizar este modelo de classificação ou fazer o nosso próprio, que provavelmente será muito melhor porque se adapta às nossas peculiaridades. De uma forma ou de outra, entender quais são as nossas prioridades é um atalho que encurta qualquer caminho de maneira eficaz e deve fazer parte da base de qualquer projeto de vida, inclusive do projeto da sua vida.

Texto extraído de A Mente é Maravilhosa






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