Vamos direto ao assunto: o açúcar só faz mal. É essa nossa busca incessante pelo prazer em tudo, que faz com que gente coma açúcar e sal em demasia. Se tratarmos a nossa alimentação apenas como um dos aditivos que nos mantêm vivos e adicionamos a esse aditivo: água e atividade física, seremos saudáveis em termos gerais. Mas a busca pela saciedade é essa coisa que nos torna viciados em alimentos açucarados, salgados, gordurosos… Bem como, a busca pela saciedade nos conduz a sempre ir de encontro ao álcool, às drogas, ao excesso de adrenalina e às escolhas inconsequentes.

E está tudo bem. Afinal de contas, cada um tem o direito de viver a sua vida como considerar melhor. Entretanto, quem vive uma vida irresponsável consigo mesmo parece não levar em conta de que ao ficar doente precisará de alguém para cuidar dele. As pessoas que levam a vida de forma irresponsável, dizendo que um dia todos morrerão, desprezam a verdade de que há mortes lentas e sofridas, por causa da imprudência, que poderiam ser evitadas.

O que acontece quando consumimos muito açúcar?

O açúcar fornece apenas calorias vazias para o organismo, pois ele não contém vitaminas nem minerais, que são nutrientes essenciais para o bom funcionamento do corpo. O açúcar vicia o cérebro porque estimula a produção de um hormônio chamado dopamina, que é responsável pela sensação de prazer e bem estar, fazendo com que o organismo fique viciado nesse tipo de alimentação.

Além disso, o consumo frequente de açúcar aumenta as chances de ter problemas como: cáries, obesidade, diabetes, colesterol alto, gordura no fígado, câncer, gastrite, pressão alta, gota, prisão de ventre, diminuição da memória, miopia, trombose e acne.

O consumo excessivo de açúcar pode fazer tão mal ao fígado e ao cérebro quanto o álcool

Os pesquisadores demonstraram que o consumo excessivo de açúcar pode fazer tão mal ao fígado e ao cérebro quanto o álcool. Nesse caso, o fígado metaboliza a frutose, uma das moléculas do açúcar, da mesma forma que o álcool, sobrecarregando o órgão que tem, entre outras funções, o trabalho de eliminar as toxinas do organismo.

Entre os principais vilões do excesso de açúcar estão os alimentos industrializados. É comum que a indústria encha os produtos com açúcar, principalmente nos itens destinados ao público infantil. Além disso, é fácil mascarar o açúcar nos rótulos, pois existem pelo menos 56 nomes diferentes para essa substância.

O fato de o açúcar aparecer na posição final da lista de ingredientes não significa que o produto tenha pouco açúcar adicionado. Além disso, existem vários ingredientes usados durante a fabricação que são nutricionalmente equivalentes ao açúcar, no entanto são apenas designados por nomes diferentes.

A frutose é o açúcar saudável presente nas frutas naturais, mas ao transformar as frutas em sucos, a frutose se torna prejudicial

A frutose é o açúcar que torna a fruta saborosa. Algumas frutas mesmo em seu consumo natural, podem fazer mal aos diabéticos. Mas para a maioria das pessoas, não há nada de errado em comer frutose em seu estado natural, em frutas. Comê-las e não fazer suco com elas.

Os fabricantes extraem e concentram a frutose do milho, beterraba e cana-de-açúcar, removendo a fibra e os nutrientes no processo. Receber doses altas e frequentes de frutose ao longo do dia, sem a fibra (o alimento natural) para retardá-la, é mais do que nossos corpos foram projetados para manipular.

Quase todos os açúcares adicionados contêm quantidades significativas de frutose. As formulações típicas de xarope de milho com alto teor de frutose contêm mais de 50% de frutose, dependendo dos métodos de processamento. O açúcar de mesa e até os adoçantes que soam saudáveis, como o açúcar de cana orgânico, são 50% de frutose.

Melhor nunca consumir açúcar, mas se for consumir, melhor conhecer qual é o menos prejudicial

Durante o processo de refinamento, alguns aditivos químicos, como enxofre, são adicionados para dar a coloração branca. Além disso, o açúcar refinado perde vitaminas e minerais, por isso o açúcar cristal é menos recomendado pelos nutricionistas.

A escolha mais saudável indica um tipo de açúcar que seja pouco processado, para preservar seus nutrientes, e que tenha pouco ou nenhum aditivo químico adicionado. Se você realmente não abre mão de adoçar os seus alimentos, tente ao menos optar por um tipo de açúcar menos prejudicial.

A recomendação de consumo de açúcar por dia é de 25 g, o que equivale a uma colher de sopa cheia, mas o ideal é evitar ao máximo a ingestão desse alimento, pois o corpo não precisa dele para funcionar bem.

A escolha deve ser feita pela cor e pelo tamanho do grão. Ou seja, quanto mais escuro e maior for o grão de açúcar, menos processado está. E com base nesta descrição, o açúcar mascavado é o melhor e o refinado o pior. “No entanto, não deixam de ser açúcar, de possuir o mesmo calor calórico (quatro calorias por grama) e de trazer os mesmos prejuízos à nossa saúde. Por isso, o melhor é optar pelo açúcar mascavado, integral ou de cana que contém vitaminas (A, B1 e B2) e minerais (cálcio, magnésio, potássio e fósforo). Porém, é preciso ter algum cuidado: Algumas marcas vendem açúcar branco com uma leve cor torrada e isso não deixa de ser açúcar branco”, alerta a nutricionista Sónia Marcelo.

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A outra opção ideal é o mel, que é composto por frutose e glicose (açúcar não convencional). Este açúcar é rico em vitaminas B e C, minerais (cálcio, ferro, cobre, magnésio, fósforo e potássio), tem uma ação antisséptica, anti-inflamatória, antioxidante e antimicrobiana. “No entanto, deve ser usado com moderação”.

Por que só estou sabendo disso agora?

A evidência científica sobre a frutose e o fígado é relativamente nova, mas é uma área importante de pesquisa clínica e laboratorial em nossas melhores universidades e centros médicos. O objetivo da SugarScience é trazer as últimas pesquisas, obter as informações mais críticas das universidades e conscientizar o público o mais rápido possível. Receber notícias sobre a toxicidade da frutose pode mudar sua saúde e a saúde de seus filhos.

Da redação de Portal Raízes

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